sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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    Mineração Caraíba nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS

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    Na visão integrada da sustentabilidade, essas áreas do distrito de Pilar, no município de Jaguarari, onde está a Caraíba, antes vistas como interior da Bahia, hoje são observadas como valorosos e lucrativos pontos do planeta

    Descoberto em 1874 no sertão da Bahia, o valioso depósito de minério de ferro aguardou 105 anos com diferentes analises e trocas de donos para ter, finalmente, suas atividades minerárias iniciadas em 1979 com o nome Caraíbas Metais. Em 1969 o empresário ítalo-brasileiro Francesco Matarazzo “Baby” Pignatari inicia os estudos minerais. Em 1988 a então Caraíba Metais S.A. iniciou o processo de privatização que resultou na cisão da companhia, de um lado, a Paranapanema S.A., sucessora da Caraíba Metais S.A., e a Mineração Caraíba S.A, que continuou como empresa estatal controlada pelo BNDES até 1994, quando foi privatizada pelo governo federal.

    Depois de enfrentar duas recuperações judiciais, com suspensão das atividades, e passando por dificuldades financeiras devido ao baixo preço do cobre na bolsa de metais de Londres (London Metal Exchange -LME), situação agravada pelo alagamento da mina subterrânea que inviabilizou a retirada do minério; foi adquirida, em 2016, pela Ero Copper Corporation [erocopper.com], sediada em Vancouver, no Canadá. Focada na produção de cobre, alinhada com o Sustainability Accounting Standards Board (SASB) e com os princípios de sustentabilidade do Global Reporting Initiative (GRI), passou a destacar imagens do sertão da Bahia no seu site internacional – voltando a operar a mina em janeiro de 2017.

    Na visão integrada da sustentabilidade, essas áreas do distrito de Pilar, no município de Jaguarari, onde está a Caraíba, antes vistas como interior da Bahia; hoje, com as avançadas tecnologias de geolocalização, rastreamento e prospecção, são observadas como valorosos e lucrativos pontos do planeta, de interesse de fundos de investimentos, com ativos negociados em bolsas de valores internacionais. Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), só em 2019 a MCSA injetou recursos da ordem de R$9,8 milhões, via impostos municipais, e mais R$152,7 milhões, via contratos diretos com fornecedores locais, nas economias dos municípios de Juazeiro, Curaçá e Jaguarari. Ao longo dos últimos 5 anos a MCSA repassou R$95 milhões às esferas municipais, estaduais e federais. Para serem sustentáveis e, consequentemente lucrativas, as empresas são estimuladas a inovar na visão e na gestão.

    Praticando os princípios dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável [ODS – agenda2030.org.br] nas suas ações corporativas (indicados no final dos parágrafos) – mesmo sem ainda usar oficialmente a nomenclatura ODS – a MCSA mostra no seu site [minacaraiba.com] as melhores práticas adotadas nas questões econômicas, sociais, ambientais e operacionais. “A empresa hoje é o ponta pé inicial para vida profissional dos jovens da região. Trazendo benefícios e ensinamentos aos seus colaboradores. Participei do Projeto Jovem Aprendiz onde tive a chance de aprender muito, e agora quero a oportunidade de colocar tudo em prática”, declarou um dos jovens participantes do programa. (ODS 4 e 8)

    A Copper Alliance (copperalliance.org) é uma rede de centros regionais de cobre, liderados pela International Copper Association (ICA) que tem como objetivo reunir a indústria global do setor para desenvolver e defender os mercados de cobre e dar contribuições positivas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS. Entre as atividades acessórias da engrenagem da MCSA está o Programa de Sustentabilidade Rural no Semiárido, com iniciativas como o Desenvolvimento da Caprinovinocultura, com qualificação técnica para criação de “pulmões verdes”, reserva estratégica de alimento para
    caprinos e ovinos utilizada no momento da seca. O Projeto Raízes, estimula a autonomia e o empoderamento como práticas interativas e complementares da economia familiar; a Horta comunitária que comercializa hortaliças a preços populares e livres de agrotóxicos; Programa de Reabilitação Ambiental de áreas mineradas, fornecendo a agricultores locais informações técnicas e apoio financeiro para o cultivo de plantas e mudas a serem adquiridas para a revegetação das áreas. (ODS 1, 2, 3, 4, 6, 9 e 11).

    A palavra “crise” vem do grego “krisis”, que significa “hora de agir”. Durante a pandemia do covid19, alinhada com o International Copper Association (ICA), o Programa de Prevenção para Acidente Zero – PAZ, que norteia diretrizes em 10 Pilares, passou a ter 11, estabelecendo novas conformidades nas rotinas dos colaboradores, concentrando na saúde, segurança e bem-estar das pessoas, famílias e comunidades em que operam. (ODS 3 e 16) Aprendendo e lucrando com ativos minerais, experiências e sabedorias locais do sertão da Bahia, e alinhada com os princípios da sustentabilidade corporativa e compliances do mercado internacional que hoje privilegia o locus onde ações são executadas, a Ero Copper destaca em seu Relatório de Sustentabilidade 2019, apresentado pelo seu presidente, David Strang: “A mineração, o transporte e o processamento de minério e rocha residual requerem um uso significativo de energia, destacando que a energia elétrica fornecida às operações é 100% renovável, composta por energia hidrelétrica, eólica e solar, estimando a emissão de gases de efeito estufa nas operações” – (ODS 7, 8, 9 e 13).

    A água fornecida ao Complexo de Mineração MCSA é bombeada do rio São Francisco através de um aquaduto de 86 quilômetros, de propriedade e manutenção de MCSA. Usando apenas parte menor da água doce bombeada para suas operações de mineração e processamento, a maior parte é fornecida a comunidades da região, como os municípios de Massaroca, Abobora e Umburanas, e a agricultores ao longo do duto. Em 2019, o Complexo de Mineração MCSA alcançou 88% de taxa de reciclagem de água, .ODS 2, 6 e 10). Comemorando 50 anos de fundação da empresa e 40 anos de início das
    operações, foi inaugurado em 2019, o Museu do Cobre nas instalações dos escritórios administrativos, área onde transitam centenas de pessoas. “O Museu do Cobre é um presente da Mineração Caraíba aos nossos colaboradores e a comunidade.

    Trata-se de local onde contaremos a todos a nossa história, uma história marcada pela superação, trabalho e sucesso”, afirma Manoel Valério de Brito, Diretor de Operações da Caraíba. “O Museu é, sem dúvida, a convergência de tudo o que vivemos nesses 50 anos”, completa Rafael Cerqueira, responsável pelo projeto do Museu. (ODS 11, 12 e 17) Estudos geoquímicos e geofísicos que visam constatar a presença de minerais e metais associados ao cobre, e trabalhos de sondagem, descrição de testemunhos, amostragem, mapeamento geológico de mina, modelamento, estimativa e avaliação de recursos, todos realizados
    rotineiramente com ferramentas como softwares de altíssima tecnologia e equipamentos de perfuração, geram relatórios técnicos diários, com fatos e dados, permitindo a avaliação geo-econométrica precisa e a consequente gestão da inovação com entregas medidas e exigidas pela sustentabilidade de resultados. (ODS 9 e 12)

    Para uma empresa de mineração, investir em geologia de longo prazo é parte da sustentabilidade do negócio. Com um lucro líquido de US$20,8 milhões durante o primeiro trimestre de 2020, além de continuar com seu programa de exploração mineral na região com investimentos de US$ 20 milhões por ano, a Ero Copper está empenhada em melhoria dos processos e aumento da capacidade com investimentos em cerca de US$ 330 milhões até 2023, gerando conhecimentos, trabalhos, melhoria da
    qualidade de vida e distribuindo riquezas com crescimento sustentável nesse ponto do planeta, inspirada pelos 17 princípios dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. (ODS 9, 11, 16 e 17)

    Eduardo Athayde é diretor do WWI no Brasil. eduathayde@gmail.com

    Fonte: Correio*

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