sábado, 14 de junho de 2025
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    Pesquisadores estudam viabilidade de mineração lunar

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    Crateras lunares podem conter restos de asteroides ricos em metais e minerais que podem valer US$ 1 trilhão

    Enquanto o mundo ainda planeja a exploração de minérios estratégicos no fundo dos oceanos, já tem gente de olho no que a Lua pode nos oferecer. Um estudo científico publicado na revista Planetary and Space Science concluiu que existem cerca de 6.500 crateras lunares contendo, possivelmente, remanescentes de asteroides ricos em minérios – no caso, metais do grupo de platina e minerais hidratados. Os cientistas também concluíram que uma possível prospecção lunar poderia produzir mais de US$ 1 trilhão em metais preciosos. 

    Para chegar ao número de 6.500 crateras (com mais de um quilômetro de diâmetro), os cientistas partiram de outro estudo, feito em 2014, que estimava quantos asteroides ricos em minérios passam perto da Terra. No trabalho atual, eles adaptaram o modelo para a Lua e criaram algoritmos para separar as crateras formadas por corpos rochosos metálicos das de outros impactos. O total foi de 1,3 milhão de crateras, sendo metade delas criadas por “impactos suaves” que, em tese, teriam preservado fragmentos consideráveis.

    Os materiais recolhidos durante as missões lunares das décadas de 1960 e 1970 confirmaram a suspeita inicial de que as crateras são formadas por um tipo de rocha vulcânica chamada basalto. A principal característica das rochas basálticas proveniente das terras altas lunares é que contêm maior quantidade dos grupos minerais olivina e piroxena e menos da série plagioclase. Também podem conter um óxido de ferro-titânio chamado ilmenita.

     

    A ideia de extrair matérias-primas de asteroides, como ferro, níquel e água, é considerada desde a década de 1980. Os asteroides possuem variados materiais para a mineração, como ouro, ferro e platina, que são de grande importância para o mercado mundial. Os minerais e os compostos voláteis podem ser extraídos de um asteroide ou um cometa para fornecer materiais de construção no espaço (por exemplo, ferro, níquel e titânio). 

    Para o pesquisador Jayanth Chennamangalam, um dos autores do artigo, abre-se aí a possibilidade de se monetizar os recursos espaciais para atrair, por exemplo, empresas privadas. 

    Chennamangalam sustenta que a exploração lunar é bem mais viável tecnicamente do que a mineração diretamente nos asteroides, que possuem gravidades pouco relevantes em comparação com a gravidade lunar. Esta, por sua vez, é de um sexto da terrestre e permitiria uma estabilidade operacional adequada para as operações. Sem contar que a concentração de metais preciosos na Lua pode ser até cem vezes maior do que nos asteroides ainda em órbita. 

    Mas, além dos desafios técnicos, a mineração lunar também apresenta outros, de natureza jurídica. Atualmente, a regulação de possíveis disputas entre grandes potências ou corporações nas atividades extraterrestres é regulada pelo Tratado do Espaço Exterior, de 1967. Ele proíbe a apropriação nacional do que considera corpos celestes, mas não define se asteroides estão nessa categoria. 

    A consultora do governo britânico na ONU, Joanne Wheeler, em entrevista à revista New Scientist, traçou um comparativo com os peixes pescados em alto-mar: “Os asteroides podem não ser propriedade de ninguém, mas você pode minerar os recursos e depois vendê-los”. 

    Fonte: Tecmundo, R7 e Wikipedia

    Ilustrações: NASA/ GSFC/ARIZONA STATE UNIVERSITY

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