quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Desempenho da Vale no 3T19

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    Rio de Janeiro – “No terceiro trimestre de 2019, progredimos para a estabilização de nosso negócio e avançamos com o nosso objetivo de reparação integral de Brumadinho. A descaracterização de 9 barragens a montante continua, com a conclusão da primeira barragem prevista para o primeiro trimestre de 2020. Atingimos nosso compromisso de reduzir o custo C1 e despesas de parada em relação ao trimestre anterior. Estamos evoluindo com um portfólio de produtos premium ajustado às demandas de mercado. Aliadas ao nosso compromisso com a segurança e a alocação disciplinada de capital, nossas ações reduzem as incertezas e nos conduzem para resultados sustentáveis”, comentou Eduardo Bartolomeo, Diretor-Presidente.

    I. Reparação

    • Os principais acordos para indenizações civis e trabalhistas foram estabelecidos e aproximadamente R$ 2,25 bilhões[1] já foram pagos em compensações por danos materiais e morais, individuais e coletivos. Esses acordos incluem: (a) a indenização emergencial a cerca de 108 mil pessoas, como compensação mensal até janeiro de 2020; (b) 700 acordos para indenizações assinados, envolvendo mais de 1.400 beneficiários, contando com o apoio da Defensoria Pública nos procedimentos de indenização acelerada; (c) indenizações trabalhistas relativas a 232 vítimas, por meio de 500 acordos assinados, beneficiando mais de 1.400 pessoas.

    • Concluímos outros 22 acordos para cobrir frentes específicas, sendo: (a) 4 acordos para apoio aos municípios na prestação de serviços públicos e infraestrutura, e por meio de doações, entre outros; (b) 5 acordos sobre recuperação ambiental, com iniciativas para proteção e recuperação da fauna e flora da região; (c) 4 acordos sobre abastecimento de água, incluindo novos sistemas de captação e tratamento de água com a COPASA; (d) 2 acordos para pagamentos emergenciais às famílias realocadas em Barão de Cocais e à comunidade indígena Pataxós; (e) 7 acordos referentes a auditorias externas e integridade de ativos, provendo suporte técnico às autoridades, medidas de revisão e reforço de estruturas e interrupção de operações.

    • Definimos um plano para tratamento de rejeitos e recuperação ambiental, com 23 estruturas integradas previstas, incluindo duas estações de tratamento de água que já estão em operação. O plano garante o abastecimento de água à região de Belo Horizonte, restabelecendo o sistema de captação na bacia do rio Paraopeba e prevenindo o transporte de rejeitos para a bacia do Rio das Velhas. Nesse sentido, a dragagem do rio Paraopeba já foi iniciada.

    • Sabemos que ainda há muito a fazer, e estamos comprometidos em fazê-lo. Na página vale.com/prestacaodecontas da internet, apresentamos a prestação de contas atualizada das ações que tomamos até agora.

    II. Segurança

    • Estamos progredindo na descaracterização de 9 barragens a montante. Duas delas, Fernandinho e 8B, serão completamente descaracterizadas em 2020, e a barragem Grupo será concluída em 2022.

    • Outras quatro barragens, Forquilha I, II e III e Vargem Grande, serão reforçadas com aterros a jusante antes da descaracterização final como barragens a jusante. As duas barragens restantes, B3/B4 e Sul Superior, passarão por obras de reforços estruturais e, consequentemente, terão seus fatores de segurança elevados antes de sua descaracterização.

    • Também estamos construindo estruturas de contenção para aumentar os níveis de segurança das Zonas de Autossalvamento[2] das barragens Forquilha I, II e III, B3/B4 e Sul Superior, com conclusão prevista para o início de 2020.

    • A nova Diretoria Executiva de Segurança e de Excelência Operacional delineou um plano de trabalho com ações previstas para os próximos dois anos. A implementação do Sistema de Produção Vale (VPS) segue em expansão, com mais de 40 mil empregados treinados recentemente.

    III. Redução de incertezas

    • Retomamos a produção de minério de ferro na mina de Brucutu e em parte das operações a seco no Complexo de Vargem Grande, conforme anunciado em junho e julho, respectivamente. Esperamos retomar o restante da produção paralisada de cerca de 50 Mt ao longo de 2020 e 2021, conforme detalhado no Relatório de Produção do 3T19.

    • Retomamos a produção de minério de ferro na mina de Brucutu e em parte das operações a seco no Complexo de Vargem Grande, conforme anunciado em junho e julho, respectivamente. Esperamos retomar o restante da produção paralisada de cerca de 50 Mt ao longo de 2020 e 2021, conforme detalhado no Relatório de Produção do 3T19.

    IV. Resultados sustentáveis

    • O EBITDA pró-forma (excluindo as despesas relacionadas à ruptura da barragem de Brumadinho) totalizou US$ 4,8 bilhões no 3T19, ficando US$ 198 milhões acima do 2T19, sendo um EBITDA recorde para um terceiro trimestre desde 2013.

    • Os segmentos de Ferrosos e Metais Básicos apresentaram sólido desempenho no 3T19, com EBITDA de US$ 4,6 bilhões e US$ 555 milhões, respectivamente, ficando, em conjunto, US$ 501 milhões acima do 2T19. O segmento de Carvão apresentou um EBITDA de US$ 172 milhões negativos, ficando US$ 66 milhões abaixo do 2T19 devido, principalmente, a menores preços, enquanto o EBITDA do segmento de Outros foi de US$ 189 milhões negativos, ficando US$ 237 milhões abaixo do 2T19, devido, principalmente, a reversão de contingências e recebimentos de dividendos que impactaram positivamente o 2T19.

    • Nossa geração de caixa foi de US$ 3,0 bilhões no 3T19, permitindo a continuidade da redução de nosso endividamento, com a dívida líquida atingindo US$ 5,3 bilhões no 3T19.

    • Nossa dívida bruta totalizou US$ 14,8 bilhões em 30 de setembro de 2019, diminuindo US$ 1,0 bilhão em relação a 30 de junho de 2019, principalmente como resultado da recompra de bonds realizadas ao longo do trimestre.

    • Nos três primeiros trimestres de 2019 a Vale teve um prejuízo de US$ 121 milhões, principalmente como resultado de provisões e despesas incorridas relacionadas à ruptura da barragem de Brumadinho (US$ 6,3 bilhões).

    Minerais Ferrosos

    • O volume de vendas de minério de ferro e pelotas atingiu 85,1 milhões de toneladas[3] no 3T19, ficando 20,2% maior do que no 2T19 devido, principalmente, à retomada de produção suspensa e às melhorias operacionais no Sistema Norte e nas operações portuárias no Terminal de Ponta da Madeira, que foram impactadas por condições climáticas não usuais no 2T19.

    • O EBITDA de Minerais Ferrosos totalizou US$ 4,6 bilhões, ficando US$ 411 milhões acima do 2T19 devido, principalmente, aos maiores volumes de vendas mencionados anteriormente e aos menores custos caixa C1 e despesas de paradas, que foram parcialmente compensados por maiores custos de frete e menores prêmios de qualidade.

    • O custo caixa C1 de finos de minério de ferro alcançou US$ 15,3/t no 3T19, ficando US$ 2,3/t abaixo do 2T19 e em linha com a redução mencionada no 2T19, devido, principalmente, ao efeito de diluição de maiores volumes e à redução dos custos de demurrage após a normalização das operações portuárias no terminal de Ponta da Madeira.

    • As despesas de parada relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho no 3T19 foram de US$ 2,8/t, ficando US$ 2,9/t abaixo do 2T19 e superando a expectativa de redução de US$ 1,5/t indicada no 2T19, principalmente como resultado da retomada das operações de Brucutu e Vargem Grande e de menores provisões para despesas extraordinárias de logística.

    • O custo unitário de frete marítimo da Vale por tonelada foi de US$ 19,1/t, ficando US$ 2,6/t maior do que no 2T19 devido, principalmente, ao efeito combinado de maiores preços praticados no mercado spot e aos maiores volumes spot como resultado do retorno das operações e da sazonalidade usual. Olhando para frente, o custo do frete deve ligeiramente diminuir no 4T19, principalmente devido à maior disponibilidade de contratos de longo prazo e à incorporação de novos navios com afretamento de longo prazo, reduzindo a exposição da Vale ao mercado spot.

    • O prêmio de qualidade dos finos de minério de ferro e pelotas atingiu US$ 5,9/t[4] no 3T19, ficando US$ 5,5/t abaixo do 2T19 devido, principalmente: (a) à compressão dos prêmios dos finos de alta qualidade e pelotas, resultado de um desequilíbrio da oferta no mercado e de menores margens na indústria siderúrgica; e (b) ao não recebimento, neste trimestre, dos dividendos das pelotizadoras arrendadas, conforme definido no acordo de acionistas[5]. Em setembro, a Vale revisou o seu guidance de produção de pelotas para 2019, de 45 Mt para 43 Mt, a fim de adaptar-se às condições de mercado mencionadas acima.

    Metais Básicos

    • O EBITDA de Níquel totalizou US$ 319 milhões no 3T19, ficando US$ 71 milhões acima do 2T19, devido, principalmente, a maiores preços do níquel e menores custos, parcialmente compensados por menores volumes de vendas.

    • O EBITDA das operações de Cobre totalizou US$ 236 milhões, ficando US$ 19 milhões acima do 2T19, apesar da queda no preço do cobre na LME, devido, principalmente, ao forte desempenho de Salobo, cujo custo-caixa, após créditos de subprodutos, chegou a US$ 298/t.

    US$ milhões 3T19 2T19 3T18
    Receita operacional líquida 10.217 9.186 9.543
    Custos e outras despesas 6.345 5.743 6.100
    Despesas relacionadas a Brumadinho 225 1.532
    EBIT ajustado 3.676 2.132 3.476
    Margem EBIT ajustado (%) 36% 23% 36%
    EBITDA ajustado 4.603 3.098 4.325
    Margem EBITDA ajustado (%) 45% 34% 45%
    Minério de ferro – preço de referência 62% Fe 102,0 100,1 66,7
    Lucro líquido (prejuízo) 1.654 (133) 1.408
    Dívida líquida ¹ 5.321 9.726 10.704
    Investimentos 891 730 692
    ¹ Não inclui arrendamentos (IFRS 16).

     

    US$ milhões 9M19 9M18 %
    Receita operacional líquida 27.606 26.762 3,2
    Custos e outras despesas 17.268 17.487 (1,3)
    Despesas relacionadas a Brumadinho 6.261
    EBIT ajustado 4.355 9.543 (54,4)
    Margem EBIT ajustado (%) 16% 36% 20 p.p.
    EBITDA ajustado 7.049 12.126 (41,9)
    Margem EBITDA ajustado (%) 26% 45% 20 p.p.
    Lucro líquido (prejuízo) (121) 3.074 (103,9)
    Investimentos 2.232 2.287 (2,4)

     

    Fonte: Assessoria de Imprensa

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