Olga Kassian é a criadora da Wonther © Direitos Reservados
Certificada pelo Responsible Jewellery Council, a Wonther só trabalha com parceiros igualmente preocupados com a sustentabilidade ambiental, económica e social. Peças são feitas à mão, em Guimarães.
Criada em novembro de 2019, a Wonther assume-se como uma marca de joalharia nacional “ética e sustentável”, que “celebra as ambições, conquistas e a vida única de cada mulher”. É certificada pelo Responsible Jewellery Council, entidade britânica que atesta que as empresas cumprem práticas comerciais responsáveis em toda a fileira da joalharia, desde a mineração ao comércio. Nomes como a Bvlgari ou a Tiffany ostentam o selo da certificação RJC.
“A mineração é uma das indústrias mais poluentes do mundo e quisemos garantir que toda a nossa cadeia de abastecimento é certificada e respeita padrões éticos e sustentáveis. Não só a nível ambiental, mas também social. Queremos ter a certeza que as nossas peças não resultam de trabalho infantil associado, nem de escravidão ou qualquer tipo de violação dos direitos humanos”, diz Olga Kassian, a criadora da marca. O pagamento de salários justos é outro dos pilares aferidos.
Licenciada em Engenharia e Gestão Industrial, Olga acabou por nunca exercer a profissão, já que foi aliciada para o apaixonante mundo da moda e por aí ficou. Começou com o convite para ir para Nova Iorque colaborar na gestão da loja da Josefinas, a marca portuguesa de sabrinas de luxo, e por aí ficou durante um ano; no regresso, para acabar o mestrado integrado, que estava a frequentar na Universidade de Aveiro, acabou por perceber que o bichinho da moda já estava instalado e que era mesmo isso que queria fazer na vida. Sem abdicar dos seus valores, muito ligados à defesa do feminismo e da sustentabilidade. Pelo caminho, diz que teve “a sorte de conhecer as pessoas certas”, uma empresa de Guimarães que produz para as maiores marcas internacionais e que se mostrou disponível para avançar com a Wonther. Com um design minimalista, elegante e sofisticado, todas as peças são feitas à mão, em Guimarães.
O objetivo de Olga Kassian, uma jovem nascida na Ucrânia, mas a viver em Portugal desde os 4 anos, é, um dia, usar apenas materiais reciclados. Na prata está perto, já ronda os 80%, mas no ouro está mais longe. E, por isso, lançou recentemente a campanha Love, Give Back, Repeat – Gold Edition, oferecendo-se para dar nova vida às peças de ouro velhas, estragadas ou indesejadas. “A única maneira de tornar um metal precioso 100% sustentável é por meio da reciclagem e é isso que queremos incentivar”, explica.