O Credit Suisse avaliou como “marginalmente positiva” a suspensão pelo STF que impedia a operação de níquel na planta Onça Puma da Vale (VALE3), paralisada desde setembro de 2017.
“A retomada proverá flexibilidade à Vale para elevar os embarques de níquel em um momento de mercado com tendência favorável”, apontam os analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha.
A decisão do governo da Indonésia de banir exportações de níquel em 2020, contra expectativa anterior de 2022, também foi ressaltada pelo Credit Suisse como fator propulsor às elevações recentes da commodity.
“Como resultado, as cotações do níquel subiram 66% neste ano”, afirma o banco, projetando tendência de alta a frente.
Dividendos em vista
Em relação ao pagamento de proventos, a redução da alavancagem e a expectativa de elevado fluxo de caixa resultam na “eventual reversão do quadro atual para empresa relevante dentro do universo de pagadoras de dividendos”.
O dividend yield (expectativa de pagamento de dividendos sobre cotação da ação) deverá estar entre 9% e 11% durante 2020, sendo este cenário “alcançável”.
Desconto frente australianas
A equipe de análise avalia a ação com desconto em relação aos concorrentes internacionais. “O valuation descontado de 3,7 vezes o EV/Ebitda (valor de mercado sobre geração operacional de caixa) mantém nossa visão positiva para a Vale”, pondera o Credit Suisse, na comparação com o EV/Ebitda de aproximadamente 5 vezes para as ações das mineradoras australianas (Rio Tinto e BHP Billiton).
Os analistas listam recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale, com preço-alvo de US$ 18 para doze meses. A projeção equivale a um potencial de valorização na casa de 47,9% pelo último fechamento na NYSE.
Fonte: Money Times.