A queda das estimativas de produção da Vale para 2020 tem impacto negativo, mas é, de acordo com o Inter Research, apenas um “contratempo momentâneo”.
A nova projeção entre 300 milhões e 305 milhões de toneladas de produção de minério de ferro (versus a última meta de 310 milhões a 330 milhões de toneladas) não abala a visão positiva que os analistas têm sobre a mineradora. Isso porque o menor volume produzido e comercializado deve ser compensado por preços mais altos.
O Inter Research incluiu a nova meta no modelo de investimento e ajustou os preços de minério de ferro.
“Esperamos que os preços do MF62 nos mercados internacionais fiquem em torno de US$ 100/tonelada, fechando 2021 a US$ 90/tonelada, ante uma média de US$ 75/tonelada esperados anteriormente”, diz Gabriela Cortez Joubert, autora do relatório divulgado ontem. Os cálculos levam em consideração os impactos que uma menor oferta poderá trazer para a commodity. As estimativas de demanda acelerada foram mantidas.
Mesmo com uma queda nos preços do minério de ferro, o Inter Research continua vendo a Vale bem posicionada.
“Mantemos nossa visão positiva com relação ao business da companhia, principalmente no segmento de minerais ferrosos. Em metais básicos e carvão, esperamos queda nas receitas, porém, sem que os efeitos sejam tão diferentes do esperado anteriormente”, conclui Joubert.
O Inter Research tem recomendação de compra para a companhia. O time de pesquisa chegou a um novo preço-alvo de R$ 94 à ação brasileira (VALE3) e de US$ 17,50 para a ADR (American Depositary Receipt) VALE.
Fonte: Money Times