A mineradora Vale anunciou a expansão do uso de autônomos em suas operações. No comunicado, a mineradora destacou que inteligência artificial, sistemas de computador, GPS e radares fazem parte da rotina de mais de 300 empregados no Brasil que estão sendo beneficiados pela operação autônoma.

Com o avanço tecnológico que começou a ser utilizado há quatro anos, não há mais necessidade de operadores nas cabines dos equipamentos, o que reduz significativamente os riscos a que os empregados estão expostos na área operacional, além de dar mais estabilidade à operação e gerar ganhos de eficiência. A entrada em operação do pátio autônomo no Terminal Ilha Guaíba, em Mangaratiba (RJ), esta semana, levou a empresa a alcançar a marca de 72 equipamentos autônomos em quatro estados do país.

Em janeiro foi entregue a 18ª máquina do pátio autônomo no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), e em fevereiro começou a operar a 11ª perfuratriz em Itabira (MG). Os autônomos também estão presentes nas operações de Carajás (PA) e Brucutu (MG). No total já são 24 caminhões fora de estrada, 18 perfuratrizes e 30 máquinas de pátio operando de forma autônoma. No caso de equipamentos móveis, como caminhões fora de estrada e perfuratrizes, há também ganhos de sustentabilidade devido à redução do consumo de combustível e aumento da vida útil de componentes.

Os primeiros equipamentos autônomos a entrar em operação foram caminhões fora de estrada e perfuratrizes, em 2018, na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG). Atualmente estão operando também caminhões fora de estrada, perfuratrizes e máquinas de pátio em Carajás (PA); perfuratrizes em Itabira (MG); e os pátios inaugurados este ano em São Luís e Mangaratiba (RJ). Também há perfuratrizes e carregadeiras para minas subterrâneas no Canadá e um pátio na Malásia.

Com o avanço dos autônomos, cerca de 260 empregados foram removidos de áreas sujeitas aos riscos inerentes à operação, como as cavas das minas e os pátios de estocagem, nos estados de Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro. Já em São Luís (MA), os operadores de pátio foram retirados das cabines dos equipamentos há mais de dez anos, quando a operação se tornou semi autônoma. Agora, com a mudança para autônomos, 44 empregados tiveram melhorias na sua rotina de trabalho – somando os mais de 300 beneficiados em todo o Brasil.

A implantação dos autônomos nas operações está sendo acompanhada de planos de qualificação dos empregados para atuarem com as novas tecnologias, tornando-os mais preparados para a mineração do futuro. Todos os empregados envolvidos no projeto receberam capacitação, seja para funções novas (como projetista de pistas de caminhões) ou para executar as mesmas funções de uma forma diferente, interagindo com os veículos autônomos.

Sustentabilidade e eficiência

Segundo a mineradora, nos pátios autônomos de Carajás já foi possível medir os ganhos de eficiência. Em dois pátios da usina 2, houve uma queda de 90% nos desvios operacionais durante o processo de recuperação, ou seja, no processo de retirar o minério da pilha para ser transportado aos silos de carregamento de trens.

Expansão do programa de autônomos da Vale

A mineradora informou que o programa de autônomos continua em expansão, com um investimento total de cerca de US$ 101 milhões em 2021 e 2022. Até o final do ano entrarão em operação mais três caminhões, duas máquinas de pátio e quatro perfuratrizes em Carajás, além de uma perfuratriz adicional em Itabira, elevando o número de equipamentos autônomos para 82 no Brasil.