O diretor-executivo de Ferrosos da Vale, Marcello Spinelli, afirmou que até o fim de 2022 a companhia vai atingir a capacidade de produção de 400 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Spinelli, que participa hoje do Vale Day, acrescentou que, uma vez atingida a capacidade de produção de 400 milhões de toneladas por ano, o custo de produção do minério de ferro da empresa deverá ficar entre US$ 10,5 e US$ 12 por tonelada.
Spinelli explicou que atualmente, se a Vale “não fizer mais nada, não ativar nenhuma das operações novas”, a capacidade de produção é de 320 milhões de toneladas/ano. Em 2021, essa capacidade deverá saltar para 350 milhões de toneladas/ano, chegando às 400 milhões de toneladas ao fim de 2022.
Segundo ele, no longo prazo, a capacidade da empresa deverá saltar para 450 milhões de toneladas/ano.
O executivo confirmou a projeção da Vale de terminar 2020 com produção de minério de ferro entre 300 milhões e 305 milhões de toneladas, atingindo patamar entre 315 milhões e 335 milhões de toneladas no ano que vem. “Tivemos alguns atrasos em licenciamento e esperamos estar em capacidade plena no início do ano que vem”, afirmou Spinelli.
Níquel
O diretor-executivo de Metais Básicos da Vale, Mark Travers, disse hoje no Vale Day que a produção de níquel da companhia deverá passar de 200 mil toneladas, entre 2021 e 2023, para 220 mil toneladas até 2025.
Travers lembrou que a mineradora acabou a revisão dos altos-fornos de Onça Puma, no Pará, aumentando a capacidade de produção.
“Estamos investindo no futuro, preparados para aproveitar a oportunidade em cobre”, disse Travers.
Cobre
O diretor-executivo de Metais Básicos da Vale, Mark Travers, afirmou hoje durante o Vale Day que a empresa tem um portfólio na área de cobre “grande e com grandes oportunidades de crescimento”.
“Temos meta de chegar a 500 mil toneladas de cobre em Carajás até 2025”, disse Travers, acrescentando que a companhia descobriu 1,9 milhão de toneladas de cobre equivalente nos dos últimos anos em Carajás. “Essas reservas vão suportar o crescimento futuro no cobre”, frisou, lembrando ainda que há oportunidades em cobre na Indonésia e que há no Canadá o projeto Victor, em parceria com a Glencore.
Travers destacou que, no total, a produção de cobre pode passar de 390 mil toneladas no ano que vem para 500 mil toneladas em 2025. Segundo ele, o potencial de produção no cobre chega a 900 mil toneladas por ano.
Emissões
O presidente-executivo da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou hoje, durante o Vale Day, que o consumo de energia por parte da empresa atualmente está próximo de 80% vindo de fontes renováveis. Ele ressaltou que hoje a companhia anunciou o projeto de energia solar Sol do Cerrado, que deverá estar operacional em 2022 e vai entregar 13% da meta da empresa de auto-geração.
“Temos marcos claros de redução de emissões de escopos 1 e 2”, disse Bartolomeo, fazendo referência às emissões diretas vindas do uso de combustíveis e processos industriais e da compra de eletricidade. Bartolomeo anunciou ainda que a meta da mineradora é reduzir as emissões líquidas da cadeia de fornecedores em 15% até 2035.
O presidente da empresa disse ainda que a companhia segue avançando na agenda ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês), fechando 33 de 52 lacunas mapeadas.
Reparações
O diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, afirmou que a empresa desembolsou, até outubro, R$ 12,1 bilhões em reparações por acidente em Brumadinho (MG), ocorrido em 2019.
Siani, que participa do Vale Day, acrescentou que o acordo potencial com autoridades em Minas Gerais por Brumadinho pode alcançar R$ 19 bilhões.
“Não se trata de corrida de cem metros, mas de uma maratona”, disse o presidente-executivo da Vale, Eduardo Bartolomeo, que também participa do evento.
Siani também revelou que a produção da Samarco, parada desde o rompimento da barragem em Mariana (MG), em 2015, será retomada na próxima semana. A Samarco é uma joint-venture entre Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.
Fonte: Valor Investe