A receita operacional líquida da Vale totalizou R$ 148,6 bilhões em 2019, representando um aumento de R$ 14,2 bilhões em relação a 2018, devido aos preços realizados mais altos, principalmente de finos de minério de ferro e pelotas (R$ 23,6 bilhões), que foram parcialmente compensados por menores volumes de vendas (R$ 19,6 bilhões).
Os custos e despesas totalizaram R$ 108,2 bilhões em 2019, ficando R$ 33,4 bilhões acima de 2018, principalmente devido às provisões e despesas incorridas relacionadas ao rompimento da Barragem I (R$ 28,8 bilhões) e aos custos e despesas mais elevados (R$ 11,3 bilhões), parcialmente compensados por menores volumes de vendas (R$ 10,0 bilhões).
O EBITDA ajustado totalizou R$ 42,3 bilhões em 2019, representando uma redução de R$ 18,8 bilhões em comparação ao valor de R$ 61,1 bilhões registrado em 2018, principalmente devido às provisões e despesas incorridas relacionadas ao rompimento da Barragem I, menores volumes e maiores despesas com paradas, parcialmente compensados pelos maiores preços de venda.
Minerais Ferrosos
O EBITDA ajustado do segmento de Minerais Ferrosos foi de R$ 67,2 bilhões em 2019, ficando R$ 13,0 bilhões maior do que em 2018, devido aos preços realizados mais altos (R$ 24,1 bilhões) e ao impacto positivo das variações cambiais (R$ 5,8 bilhões), parcialmente compensados por menores volumes de vendas (R$ 8,4 bilhões) e maiores custos e despesas (R$ 8,9 bilhões).
Os custos e despesas de Minerais Ferrosos totalizaram R$ 52,7 bilhões, ficando R$ 3,4 bilhões maior do que em 2018, devido, principalmente a custos de aquisições de finos de minério de ferro de terceiros (R$ 1,1 bilhão) e custos de manutenção (R$ 1,5 bilhão).
O volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro atingiu 312,510 Mt em 2019, ficando em linha com o guidance anual de 307-312 Mt. A produção de minério de ferro da Vale totalizou 302,0 Mt, ficando 21,5% menor do que em 2018, enquanto a produção de pelotas em 2019 foi de 41,8 Mt, ficando 24,4% menor do que em 2018. Os grandes impactos da interrupção operacional que se seguiu ao rompimento da Barragem I e a sazonalidade relacionada ao tempo mais chuvoso do que o normal, nos volumes de venda do 1S19, foram parcialmente compensados por: (a) aumento da produção no S11D; (b) redução de estoques; (c) retomada gradual das operações.
O preço médio realizado dos finos de minério de ferro, abrangendo as vendas de CFR e FOB11, foi de US$ 87,1/t em 2019, ficando 31,6% acima do valor de US$ 66,2/t em 2018. O preço médio de pelotas aumentou de US$ 117,5/t em 2018 para US$ 137,7/t em 2019.
Metais Básicos
O EBITDA ajustado de Metais Básicos foi de R$ 8,6 bilhões em 2019, ficando 8% inferior ao valor de R$ 9,3 bilhões registrado em 2018, devido principalmente a maiores custos e despesas (R$ 1,8 bilhão) e menores volumes de vendas (R$ 478 milhões), que foram parcialmente compensados pelo impacto positivo das variações cambiais (R$ 1,3 bilhão) e preços mais altos (R$ 320 milhões).
As operações de níquel estão progredindo em direção à maior confiabilidade, com a produção nas refinarias voltando a taxas operacionais regulares após as atividades de manutenção programadas e não programadas na refinaria de Copper Cliff, em Sudbury, e nas refinarias de Clydach, Matsusaka e Long Harbor. Da mesma forma, a produção na mina e planta de Onça Puma foi retomada após uma autorização judicial concedida em setembro.
As operações de cobre tiveram como destaque o sólido desempenho de Salobo, atingindo custo caixa unitário de quase zero após subprodutos no 2S19, apesar do impacto da manutenção não programada em Sossego.
Carvão
O EBITDA ajustado foi negativo em R$ 2,1 bilhões em 2019, ficando R$ 2,7 bilhões menor do que em 2018, devido principalmente a maiores custos e despesas (R$ 1,4 bilhão), menores volumes de vendas (R$ 596 milhões) e menores preços de vendas (R$ 746 milhões).
O volume de vendas de carvão totalizou 8,8 Mt em 2019, refletindo os impactos da menor produtividade nas plantas de processamento ao longo do ano. Como resposta, a Vale revisou seu plano de negócios em 2019 e está implementando duas iniciativas, que devem produzir resultados sustentáveis – um novo plano de lavra e uma nova estratégia operacional para as plantas de processamento.
Fonte: Investimentos e Notícias