Na parte da manhã desta quinta-feira, as ações da Vale (VALE3) operam com forte queda, em meio a queda da cotação do minério de ferro, motivada pelas preocupações com o avanço do coronavírus e os possíveis impactos na economia global.
Por volta das 12h22, os papéis da mineradora perdiam 2,45% a R$ 54,92, como os da Bradespar (BRAP4) cedendo 3,15% a R$ 40,92.
Após uma sequência de dias positivos, a jornada desta quinta-feira foi marcada por uma importante queda nos preços dos contratos futuros do minério de ferro, na bolsa de mercadorias de Dalian, na China. No dia, o contrato de maior liquidez, com vencimento em maio deste ano, cedeu 2,33% a 649,50 iuanes por tonelada, o que representa uma retração de 15,50 iuanes em relação ao valor de liquidação da véspera, que foi de 665,00 iuanes/t.
No mesmo sentido, a sessão também teve perdas nas cotações dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na bolsa de mercadorias da cidade de Xangai, também na China. O contrato de maior liquidez, com entrega para maio de 2020, caiu 36 iuanes para 3.500 iuanes por tonelada. O segundo em volume, para outubro deste ano, teve perdas de 22 iuanes para 3.363 iuanes/t.
Outra notícia que mexe com o mercado é que a China deixará de aprovar novas capacidades e trocas de capacidade para projetos siderúrgicos a partir de 24 de janeiro, disse o planejador estatal do país, já que o governo quer analisar todos os projetos primeiro.
A produção de aço bruto na China, a maior produtora de aço do mundo, atingiu o recorde de apenas um bilhão de toneladas no ano passado, apesar dos esforços de Pequim para diminuir o excesso de oferta, já que algumas usinas usaram swaps como desculpa para adicionar novas capacidades.
O país eliminou mais de 150 milhões de toneladas de capacidade de aço desatualizada e outros 140 milhões de toneladas de produção de aço de baixa qualidade nos últimos quatro anos.
Também proibiu a adição de qualquer nova capacidade, a menos que um volume maior de capacidade antiga seja encerrado, um processo conhecido como “troca de capacidade”.
No entanto, o governo encontrou casos em que algumas siderúrgicas expandiram a capacidade de produção sob o pretexto de troca de capacidade.
Fonte: Money Times