As novas tecnologias disponíveis no Brasil e em várias partes do mundo para aperfeiçoar a gestão e o manejo de rejeitos minerais devem ser adaptadas caso a caso para serem eficazes em cada empreendimento mineral. Não há, praticamente, soluções prontas que possam ser utilizadas pelo setor como um todo, sem uma customização técnica. Esta é uma das conclusões das apresentações realizadas por 38 companhias e entidades, após dois dias do evento “Fornecedores de Tecnologias para gestão e manejo de rejeitos de mineração”, em Belo Horizonte (MG).
Diversas técnicas foram apresentadas e debatidas por centenas de mineradores, profissionais de engenharia e geologia (entre outros segmentos), pesquisadores etc. neste encontro, realizado no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-MG).
“A proposta do evento foi disseminar e compartilhar conhecimento entre fornecedores dessas novas tecnologias, mineradoras, governos e a Academia. Foi muito produtivo conhecer exemplos de aplicação prática mundo afora, e, também no Brasil, de técnicas que podem ser replicadas nos projetos minerários”, diz Walter Alvarenga, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), organizador do evento ao lado do CREA-MG.
Ao longo dos dias 5 e 6, os representantes das empresas fornecedoras abordaram técnicas de monitoramento de barragens de rejeitos, de transformação de rejeitos em insumos viáveis para outras indústrias (como construção civil e cimenteiras), de substituição de barragens hidráulicas por contenção a seco ou em formato de pasta, utilização de filtragem e tantas outras ações.
Evento integra conjunto de ações do setor mineral para aperfeiçoar gestão operacional
O seminário “Fornecedores de Tecnologias para gestão e manejo de rejeitos de mineração” é uma sequência do ‘Seminário Técnico Internacional sobre Barragens de Rejeitos e o Futuro da Mineração em Minas Gerais’, realizado em 17 de abril, em Nova Lima (MG), realizado pelo IBRAM, com apoio do Governo Estadual, da Federação das Indústrias de Minas Gerais e da Fundação Dom Cabral.
Segundo o IBRAM, com estas e outras ações, o setor mineral demonstra que está agindo para aperfeiçoar os processos industriais das mineradoras, em especial a segurança operacional desses empreendimentos.
Outra ação do IBRAM e das mineradoras associadas nesse mesmo sentido será realizada dia 11 de junho, também em Belo Horizonte. Naquela data, serão conhecidos os primeiros projetos desenvolvidos em conjunto por startups, mineradoras e fornecedoras do setor, no âmbito do Mining Hub. São projetos que oferecem mais competitividade e, também, contribuem para uma maior segurança das operações das mineradoras.
Além disso, de 9 a 12 de setembro, o IBRAM irá realizar mais uma edição da EXPOSIBRAM e do Congresso Brasileiro de Mineração, no Expominas, em Belo Horizonte. São dois eventos setoriais de maior expressão na América Latina e devem reunir cerca de 50 mil pessoas de vários países. “Será mais um momento para se conhecer ainda mais o que há de novidade em tecnologia voltada aos empreendimentos minerais, bem como, realizar negócios que, por sua vez irão movimentar a economia brasileira”, diz Walter Alvarenga.
O seminário “Fornecedores de Tecnologias para gestão e manejo de rejeitos de mineração” contou com o apoio institucional do Ministério de Minas e Energia e do SINDIEXTRA.
Fonte: Terra