quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Siderurgia e mineração podem construir agenda conjunta de soluções para superar gargalos e expandir negócios

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    Os setores de mineração e de siderurgia estão dispostos a construir agenda conjunta com indicação de problemas e respectivas soluções para superar gargalos e possibilitar a expansão dos negócios com reflexos positivos no desenvolvimento socioeconômico e sustentável do Brasil no longo prazo.

    O tema foi abordado em reunião online nesta 5ª feira (8/4), com a participação de Sergio Leite, presidente da Usiminas, de Marco Polo Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, e de conselheiros, diretores e associados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

    Entre os temas comuns estão a defesa das reformas estruturais – como tributária, fiscal e administrativa; elaboração e adoção pelas empresas de uma agenda de boas práticas em ESG (aspectos ambientais, sociais e de governança); reforço da segurança jurídica; desburocratizar e aprimorar marcos regulatórios; planejamento nacional para promover a instalação de mais indústrias no país; expansão dos investimentos em infraestrutura; redução/eliminação de encargos sobre exportação e estabelecimento de maior isonomia tributária/competitiva com outros países.

    O setor siderúrgico, segundo Sergio Leite, acredita que esta agenda irá, também, estimular o aumento do consumo de aço per capita no Brasil, estagnado há 40 anos, o que é também positivo para a indústria da mineração, fornecedora de insumos para a siderurgia. Em 2019, o consumo no país era de 98 kg por habitante/ano. A média mundial é de 229 kg.

    “As agendas da mineração e das empresas siderúrgicas são muito próximas. Nossa visão e o que nos propomos a fazer são similares. Acredito que devemos unir os dois setores cada vez mais. É uma forma de contribuirmos para que o Brasil se torne um país ainda mais competitivo e, se isso não for uma realidade, as empresas brasileiras não conseguirão ser mais competitivas”, disse Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor do IBRAM.

    Sergio Leite apresentou detalhes sobre desativação de barragens – crédito: divulgação

     

    “Mineração e siderurgia têm apresentado muitas contribuições positivas ao país ao longo da história e estão entre os setores fundamentais para a retomada da economia e o desenvolvimento sustentável do Brasil”, comentou Flávio Ottoni Penido, diretor-presidente do IBRAM.

    “Somos parte de uma mesma cadeia de valor, de uma mesma cadeia de produção. Sem minério não há como ter o aço. É uma relação umbilical”, comentou Sergio Leite, ao concordar com a proposta. “Estamos à disposição no Instituto Aço Brasil para construir esta agenda conjunta para os dois setores e, assim, colaborar para o desenvolvimento socioeconômico do país”, acrescentou Marco Polo.

    Sergio Leite disse ainda que as reformas estruturais poderão recuperar o poder de investimento do Estado brasileiro, o que seria importante para os multiplicar os investimentos em infraestrutura no país.

    No destaque, Marco Polo Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil – crédito: divulgação

    Panorama da indústria do aço

    O presidente da Usiminas foi convidado pelo IBRAM a apresentar um panorama da indústria do aço no Brasil e no mundo.

    As tendências de sustentabilidade para a siderurgia e a mineração são, igualmente, comuns, disse. Segundo ele, está havendo mudanças nos requisitos do cliente e uma crescente demanda por produtos de aço ecologicamente corretos em toda a cadeia de valor; maior rigor nas regulamentações de emissão de carbono; e crescente interesse público e de investidores em sustentabilidade, o que reforça a necessidade de as empresas assumirem e cumprirem compromissos com o desenvolvimento de negócios com responsabilidade ambiental e investimentos sustentáveis.

    O presidente da Usiminas disse que a agenda ESG é um exemplo de ação que o setor industrial precisa tomar à frente, incluídos a siderurgia e a mineração. Para ele, esse é um tema estratégico e a Usiminas tem tomado várias decisões para avançar na agenda ESG.

    Na próxima semana, por exemplo, vai aderir ao Pacto Global da ONU. A empresa já é signatária de três outros importantes iniciativas ligadas à promoção da diversidade e equidade de gênero, além de manter desde 2019 um ambicioso programa interno de Diversidade e Inclusão. Incrementou o monitoramento dos principais temas da matriz da agenda sustentável da companhia e, entre outras iniciativas, implantou uma gerência-geral corporativa de sustentabilidade e um comitê de sustentabilidade ligados à alta direção.

    “As indústrias de aço e de mineração têm suas operações atreladas aos interesses sociais. E comunicação e transparência são essenciais como elementos de conexão entre as empresas e as comunidades”, disse Sergio Leite, comparando os interesses comuns dos dois setores nos aspectos sociais atrelados à produção.

    A Mineração Usiminas, braço do grupo siderúrgico, caminha no mesmo sentido da agenda ESG. Em termos de segurança operacional, Sergio Leite disse que a empresa não vai mais utilizar barragens convencionais de rejeitos a partir do próximo ano. O empilhamento a seco permitirá à empresa operar sem disposição de rejeitos em barragens a partir de sua completa implementação, prevista ainda para 2021.

    Fonte: IBRAM

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