A gestão ambiental e a gestão de recursos hídricos devem caminhar lado a lado. Esta afirmação foi comum entre todas as autoridades que participaram da Cerimônia de Abertura do XXIII Simpósio da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro) no domingo (24). O Simpósio reúne mais de 2 mil pessoas e acontece até a próxima sexta. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) está sendo representado por 30 especialistas em hidrologia e conta ainda com a presença do diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Antônio Carlos Bacelar.
Participaram da cerimônia de abertura o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto; o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna; a diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias, o presidente da ABRHidro, Adilson Pinheiro; o presidente da Sabesp, Benedito Pinto Ferreira Braga Junior; o secretário Germano Luiz Gomes Vieira (MG), presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente – Abema; o ; Luis Garcia Azevedo, vice-reitor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA); e Jonathan Dieter, chefe da Divisão de Informação da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, que representou o governador paranaense Carlos Roberto Massa Júnior.
Em sua fala, o ministro Gustavo Canuto mencionou que a ONU inseriu em seus objetivos importância da água para o desenvolvimento do planeta através da ODS6- Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável e saneamento para todos e todas como instrumento essencial para reduzir a pobreza no planeta. “O Ministério do Desenvolvimento Regional tem como obrigação precípua que é atingir um objetivo fundamental da República que é reduzir a desigualdade regional. Não é uma tarefa fácil, temos muito que avançar. O Brasil é gigantesco, um país continental com diferenças continentais. Infelizmente nem todas as regiões têm disponibilidade hídrica. Nosso papel é melhorar essa situação”, enfatizou o ministro.
Para o diretor da CPRM, Antônio Carlos Bacelar, cabe a todos trabalhar juntos e manter um diálogo constante em prol das águas e a CPRM desenvolve este papel com excelência ao disponibilizar os dados hidrológicos de forma segura e transparente. “ Estamos participando com uma equipe de 30 especialistas que trouxeram seus trabalhos para, além de trocar experiências, contribuir para o desenvolvimento das ações em torno da disponibilidade hídrica do nosso país. É preciso conhecer para preservar. Esperamos que ao final deste evento possamos criar um ambiente propício para discussões de forma colaborativa e a CPRM faz parte desse processo”, afirmou o diretor.
Saiba como a CPRM trabalha para contribuir com a disponibilidade hídrica no território nacional: O Brasil possui uma das maiores reservas hídricas do mundo, concentrando cerca de 12% da água doce do planeta. Conhecer as disponibilidades e as vulnerabilidades da água em nosso território também é papel do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que possui entre suas atribuições realizar pesquisas, estudos e levantamentos básicos em hidrologia que contribuem para o conhecimento sobre a disponibilidade hídrica nacional, garantindo o maior acesso a água, bem fundamental para todos.
Entre as diversas ações desenvolvidas, os levantamentos hidrogeológicos, por exemplo, se referem à operação da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), que trabalha há 50 anos na elaboração de dados e informações vitais à gestão e ao aproveitamento racional dos recursos hídricos, atributos fundamentais contidos nos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos.
A previsão e alerta de eventos hidrológicos críticos é mais uma das ações de elevado valor público. Através dos alertas de cheias e secas, são desenvolvidas ações estratégicas e emergenciais para reduzir prejuízos econômicos, além de cumprir seu papel fundamental de salvar vidas.
Na parte de pesquisa e estudos hidrológicos, a empresa passa a usar novas ferramentas e métodos aplicados na hidrologia, tais como hidrologia por satélite, de solos, isotópicas e experimentos em bacias experimentais e representativas para proporcionar confiabilidade, representatividade e tempestividade na obtenção do dado hidrológico e ampliar o conhecimento dos processos hidrológicos nos diversos meios por onde a água circula.
No campo das águas subterrâneas (uma das fases do ciclo hidrológico), estamos empenhados em operar a Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS) com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a disponibilidade de água nos aquíferos brasileiros. Além disso trabalhamos para administrar um Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), que é um acervo de mais de 300 mil poços que orienta a política de acesso a água em área de elevado stress hídrico.
Utilizamos uma linha programática relacionada com pesquisa, estudos e cartografia hidrogeológica, que resulta em projetos importantes de gestão das águas em regiões metropolitanas e no mapeamento hidrogeológico, a nível internacional, nacional e estadual.
Os projetos de hidrologia da CPRM são a base do planejamento territorial na gestão do uso e potencialização segura da oferta da água. Acreditamos que ao conhecermos o meio físico podemos traçar objetivos de conservação para cuidar do nosso bem mais precioso.
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Fonte: CPRM – Serviço Geológico do Brasil