Com mais de 45 anos de atuação na região Centro Oeste, a Vale se consolidou na produção de manganês e minério. O trabalho também conta com a parceria do SENAI, que tem ajudado a fomentar e capacitar mão de obra local em um quadro de mais de mil funcionários.
Uma das frentes de atuação é a mina de Urucum, única mina subterrânea do Brasil, que fica a cerca de 30 km da área urbana, produzindo manganês que é escoado pelo porto de Ladário. A segunda operação em Mato Grosso do Sul é a Mina de Santa Cruz, que está localizada a cerca de 70 km de Corumbá, produz minério de ferro a céu aberto e escoa produção para o porto Gregório, no Rio de Janeiro.
SENAI faz a diferença na capacitação para áreas técnicas
Quando uma indústria se instala em uma determinada região, gera crescimento e empregos, como explica o gerente executivo da Vale em Corumbá, Romulo Rovetta. Segundo o gerente, desde a implantação das Minas na região, a proposta era fomentar mão de obra na comunidade, no entanto, existem desafios, como por exemplo, a capacitação desses profissionais para atuar naquela área.
Nesse contexto, o SENAI tem feito a diferença, especialmente nas áreas técnicas. “Quando desenvolvemos a mão de obra da região, ganha empresa, sociedade, a comunidade. Hoje, o nível técnico está mais acessível, por meio da parceria com o SENAI. Ainda existe carência em áreas como engenharia de mina, geologia, mas estamos evoluindo muito na capacitação local”.
Parceria com SENAI quer trazer mais diversidade
Rovetta afirma que uma das propostas da empresa em relação à qualificação de mão de obra é promover uma maior diversidade de inclusão. “Há pelo menos 2 anos isso vem sendo trabalhado de maneira mais eficaz na empresa, especialmente em relação aos postos femininos. “Hoje, temos mulheres liderando setores importantes, e sentíamos falta de mais operadoras, as mulheres têm uma atuação muito eficiente, nesse aspecto, a atuação do SENAI tem sido crucial, temos parcerias importantes, e a empresa faz questão de participar de todo o processo, desde a capacitação, o acompanhamento desse candidato até a contratação”.
Ainda segundo Rovetta, em 2019, a mineradora anunciou a meta de dobrar a representatividade de mulheres na força de trabalho até 2030, passando de 13% para 26%. E de aumentar a presença de mulheres em cargos de liderança sênior de 12% para 20%.
Em julho deste ano, as mulheres já representavam 18,3% nas posições de liderança sênior e 18,1% do total da força de trabalho da Vale. Além de 41% das contratações do primeiro semestre terem sido de mulheres, outro avanço foi a redução em 48% da taxa de desligamento voluntário de mulheres entre dezembro de 2019 e junho de 2021 “Isso indica que estamos construindo um ambiente de trabalho melhor para as mulheres, com mais possibilidade de desenvolvimento”.
Curso inédito de Operadora de Mina
Uma das deficiências no quadro operacional eram as mulheres nas funções de operadoras de mina. Em julho, o SENAI começou a qualificação que é inédita na região, que é o curso de Operadora de Mina. Na primeira turma serão qualificadas 20 mulheres para a função e uma segunda turma com mais 20 vagas será aberta após essa primeira etapa.
O curso oferece conhecimentos de segurança à condução de máquinas pesadas dividido em três módulos, que são o básico, o introdutório e específico. As etapas abordam desde os fundamentos básicos da mineração, segurança e processos de uma mineradora até relações interpessoais e, por último, a parte prática, que trata da condução das máquinas, equipamentos e materiais da mina. “Investimos muito na diversidade de inclusão, essa diferença de pensamentos nos faz ir mais longe, são ideias diferentes que agregam muito a empresa. Assim, acreditamos que podemos ir muito mais longe”.
Investimentos com retorno certo para Mato Grosso do Sul
Atualmente a mineração é a principal fonte de arrecadação de impostos na região de Corumbá e Ladário. Em âmbito estadual, economicamente é um dos três principais negócios.
Fonte: FIEMS