As etapas de construção e expansão do empreendimento no Pará ocorrerão em diferentes fases até 2033
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) acompanhou, na última quinta-feira (23), o evento que marcou o início oficial das atividades da planta experimental da empresa brasileira Ligga, que tem como produto o minério de ferro.
A solenidade de instalação da Planta Experimental ocorreu na sede do Projeto Ferro Sul, localizada na zona rural de Parauapebas, sudeste do estado. As etapas de construção e expansão do empreendimento no Pará ocorrerão em diferentes fases até 2033.
Beatriz Oliveira, coordenadora de Gemas e Metais Preciosos da Sedeme, que esteve no evento, destacou os benefícios do projeto.
“A inauguração da planta experimental da empresa Ligga, localizada no município de Parauapebas, é um marco na mineração do Pará que deixa para trás o monopólio do minério de ferro e possibilita o fornecimento dessa matéria-prima para o polo metal-mecânico, localizado no município de Marabá, um projeto que tem relação com a verticalização da produção de mineral do Pará.
Assim, a empresa convidou formalmente o Governo do Estado através da Sedeme, na pessoa do seu Secretário José Fernando Gomes, e teve como ápice, após a solenidade, o acionamento botão que põe em funcionamento a planta experimental.
Ainda de acordo com Beatriz, projetos como este sempre contarão com o apoio da Secretaria. “Para a Sedeme, sempre será de um valor muito grande o acompanhamento desses projetos, propondo o diálogo para prioridade no licenciamento ambiental, como o projeto Ferro-Sul, bem como de todo projeto que traga desenvolvimento e renda para o povo paraense. Portanto, é com muita satisfação que vemos o crescimento dessa empresa, construindo uma relação estreita não só com o Governo do Pará, mas com o poder municipal também, além de se propor a ter um diálogo maior com as comunidades locais”, informou.
De acordo com a empresa, o projeto irá gerar novos postos de trabalho no Pará e Maranhão conectando o presente ao futuro, com inovação e sustentabilidade e valores e ao conceito ESG (sigla, em inglês, para Meio Ambiente, Social e Governança).
A companhia possui recursos minerais potenciais acima de 5,5 bilhões de toneladas e visa ter uma produção de 75 milhões de toneladas/ano a ser atingida até 2033. A empresa conta, atualmente, com três projetos sendo eles: Ferro-Sul, sediado em Parauapebas e Curionópolis; Inajá com sede em Santa Maria das Barreiras; Santana do Araguaia e Trairão, que está localizado no município de Bannach.
Nas fases de implantações dos três projetos da Ligga, serão gerados cerca de 19 mil empregos diretos e nas fases de operações dos projetos Ferro Sul, Inajá e Trairão a previsão de geração de empregos é de 11 mil diretos e cerca de 38 mil indiretos.
“A Ligga já nasce com um posicionamento moderno e conectada com o futuro através de práticas sustentáveis como zelo, respeito e relacionamento com as comunidades; diversidade e segurança dos colaboradores e do entorno; energia com fontes renováveis; busca do carbono zero e gestão ambiental proativa”, disse o CEO da Ligga, Gerson Luiz Petterle.
O acionamento da Planta Experimental pelas autoridades presentes, dando início à produção de minério de ferro da Ligga na Planta Experimental, fruto de um investimento de 26 milhões de reais, que já está gerando 130 empregos diretos e estimados 455 empregos indiretos. A produção anual esperada é de 600 mil toneladas/ano, mas o seu grande propósito é oferecer maior conhecimento sobre as reservas minerais e assertividade no desenvolvimento do Projeto Ferro Sul, bem como ser o protótipo do modelo de gestão da Ligga.
Além da Sedeme, representante do Governo do Pará, a solenidade contou com as presenças do secretário especial de Governo de Parauapebas Wesley Rodrigues; do presidente da Câmara de Vereadores de Parauapebas; Ivanaldo Braz; do secretário municipal de Meio Ambiente de Curionópolis, Fabricio Gomes Tuñas.