Por conta do momento da mineração, o novo presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Wilson Brumer, 70, – que assumiu há 20 dias – confirmou que vai colocar em pauta para os associados a transferência da sede de Brasília para Belo Horizonte. “Minas é o Estado mineral mais pujante do Brasil, apesar dos problemas que estamos enfrentando. Tem o Pará, mas boa parte das empresas que compõem os associados estão em Minas”, justifica Brumer, que quer ver o órgão mais perto para trabalhar melhor a cadeia produtiva.
NOVO ESPAÇO
Se a mudança for aprovada pelos membros, o IBRAM vai manter um escritório de representação em Brasília. Mas até julho, Wilson Brumer acredita que a nova sede do órgão já estará instalada na capital mineira. O local ainda não foi escolhido. Atualmente, o IBRAM tem um escritório na Savassi. Brumer diz ainda que o setor da mineração precisa ser revisto porque é “demonizado”. Para ele, não vai ter geladeira nem automóvel, por exemplo, se não tiver mineração.
MINAS COM MINAS
Wilson Brumer admite que a economia mineira precisa ser mais diversificada mantendo o desenvolvimento com a mineração. “É Minas (Gerais), com minas”, explica, num trocadilho. Sobre a Vale, ele acredita que o novo presidente Eduardo Bartolomeo vai solucionar os problemas, mas nas vidas, isso é impagável. “O que aconteceu não dá pra esquecer, é um negócio de arrepiar, mas vamos torcer para que ele consiga superar os obstáculos. As vidas que se perderam não tem dinheiro que pague”, lamenta, referindo-se a Brumadinho. Brumer diz que a atividade precisa ser retomada. “Isso não afetou só a Vale, acertou o setor todo”, avalia.
FUTURO E PRESIDÊNCIA
Wilson Brumer já foi secretário estadual de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e presidente dos conselhos de administração da Cemig e da Codemig. Atuou como CEO da Acesita e da antiga Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), além de ter presidido conselhos da Usiminas, Grupo Paranapanema e BHP Billiton no Brasil. Foi também presidente da Vale em 1990 e 1992, quando a empresa ainda era estatal. “O futuro a Deus pertence”, diz Brumer, em relação a projetos futuros. Mas ele acredita que vai continuar por mais dois anos na presidência do conselho do IBRAM.
Fonte: O Tempo