A volta da mineradora Samarco, no segundo semestre de 2020, deve criar 5 mil vagas de emprego. A empresa que ganhou o sinal verde para voltar operar, reacende entre as autoridades e a indústria o otimismo não só para novos empregos como encrementos para a arrecadação do Espírito Santo.
Além da volta das usinas da mineradora, também serão reabertas 130 empresas. Sendo, 30 prestadoras de serviços, incluindo indústrias, e 100 são estabelecimentos comerciais, segundo dados das federações do Comércio (Fecomércio-ES) e da Indústria (Findes) do Espírito Santo.
De acordo com José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio, 30% das empresas reabertas são da Grande Vitória, 30% em Guarapari e os outros 40% em Anchieta, Iconha e Cachoeiro de Itapemirim.
A estimativa com a retomada das atividades da mineradora Samarco é que sejam criados 5 mil empregos nessas empresas, sendo 500 diretos e 4.500 indiretos. De acordo com o comunicado feito pela mineradora, as atividades serão retomadas até final de 2020e o reinício se dará com apenas 26% da capacidade produtiva.
Entres as empresas que estarão de volta estão, por exemplo, indústrias de metalmecânica, usinagem, estrutura, montagem e manutenção industrial e empresas de Tecnologia da Informação e transporte. Entre os estabelecimentos comerciais, vão ser reabertas lojas de ferramentas, material elétrico, chapas, material de construção, entre outras, segundo José Lino.
Dirceu Porto, secretário da Fazenda de Anchieta, informou que é perceptível que há muitos pontos comerciais fechados e queda no movimento dos que se mantiveram abertos: “Só com essa notícia, a cidade já respira mais tranquila.”
Já o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do municipio, Vinicius Alcântara, explicou que a maioria dos comerciantes está trabalhando hoje com número de empregados reduzido.
A empresa teve suas atividades paralisadas desde em 2015 por conta do desastre de Mariana, em Minas Gerais que deixou 19 mortos e destruiu o povoado de Bento Rodrigues, provocando estragos também no Norte capixaba, com graves danos à população à margem do Rio Doce.
A mineradora informou que deverá implementar um novo sistema de filtragem de rejeitos, que deve durar 12 meses a partir da obtenção da Licença de Operação Corretiva (LOC), que ocorreu no dia 25 de outubro. De acordo com Rodrigo Vilela, presidente da empresa, as novas tecnologias de filtragem aumentarão a segurança.
Fonte: Click Petróleo e Gás