Uma reunião realizada nesta quinta-feira (3) discutiu medidas de intervenção na antiga Satúrnia em Sorocaba (SP). A área abandonada acabou se tornando um problema ambiental devido às irregularidades no descarte de rejeitos de baterias de quando a empresa ainda funcionava no local.
Conforme uma denúncia feita pela TV TEM, o solo está contaminado por chumbo e muitas pessoas aproveitam para garimpar a área. Na última semana, diversos garimpeiros foram flagrados no local.
Na reunião, foi apresentado um relatório sobre as atividades da antiga fábrica. O documento aponta que o garimpo já atingiu uma área de mais de 60 mil metros quadrados do terreno e a estimativa é de que 65 mil metros cúbicos de resíduos contaminados estejam enterrados na área.
No encontro estavam representantes da prefeitura da cidade, Câmara Municipal, Ministério Público, e da massa falida da empresa. O caso também está sendo acompanhado pela Cetesb.
Em nota, a administração judicial da massa falida da empresa informou que as medidas preventivas “resumem-se no exercício efetivo de vigilância através da Guarda Civil Municipal e solicitação da Polícia Civil e Militar para fazer rondas permanentes no local para evitar invasão e permanência de estranhos da área”.
A administração ainda disse que, se necessário, poderão ser apreendidos os materiais usados pelas pessoas que tentarem garimpar o local.
Denúncias
Em julho, moradores denunciam a volta do garimpo. Segundo os vizinhos da área, a movimentação é grande quase todos os dias.
A cerca instalada em volta do terreno onde o garimpo ilegal funcionou até agosto de 2018 foi arrancada, assim como as placas que alertavam para o risco de contaminação.
Os buracos, antes fechados pela massa falida da antiga fábrica de baterias, foram abertos novamente.
Ainda segundo moradores, o grupo chegava de manhã e ia embora no fim do dia. Os garimpeiros estariam vendendo o material no terreno.
O promotor do meio ambiente Jorge Marum informou que o inquérito sobre a situação da antiga fábrica ainda está em andamento e que está sendo feita a avaliação do dano ambiental e a recuperação da área.
Fonte: G1.