Uma empresa austríaca de cristais buscou o Governo de Rondônia, por meio da Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), para viabilizar a criação de um modelo sustentável de desenvolvimento na região de Massangana, entre Ariquemes e Montenegro, local onde se encontra o principal fornecedor da matéria-prima utilizada pela empresa, como topázio e cassiterita.
A região, que fica cerca de 45 quilômetros do centro de Ariquemes, contém pequenos núcleos de extração mineral, geralmente familiares, que participam de uma cooperativa. Essa cooperativa paga pelo minério extraído e depois faz a venda para a empresa de cristais usar em seus produtos.
A preocupação da empresa, compartilhada com a Sedi, é com o destino dos trabalhadores e da comunidade local quando a atividade mineradora, que é finita, se esgotar. Por isto, o Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia (Rioterra) ficou responsável por elaborar um diagnóstico que será concluído até abril ou maio de 2020, segundo o centro, para propor alternativas econômicas de geração de renda.
Para Alexis Bastos, coordenador de Projetos do Centro de Estudos Rioterra, o estudo permitirá a melhoria das condições das pessoas da região. “A mineração acontece em muitas partes do Estado e cerca de 80% é manual, artesanal, podemos até chamar de garimpagem. Precisamos levar dignidade a estas pessoas por meio de ações sérias do poder público, do investimento privado e do terceiro setor”, conclui.
O superintendente de Sedi, Sérgio Gonçalves, aponta que a parceria com a Rioterra e com a empresa de cristais é importante para alinhar os esforços. “É de interesse da Sedi e do Governo que as atividades econômicas feitas em solo rondoniense tenham essa responsabilidade. Sabemos que a atividade mineradora traz impactos, e é vital que esses impactos sejam minimizados, não apenas na questão ambiental, mas também pensando nos trabalhadores e nas comunidades que se instalam em regiões de mineração”, explica Sérgio.
Fonte: Portal Espigão