quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    REABERTURA DO CONSULADO DA SUÉCIA FOCA NA MINERAÇÃO

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    Apesar das muitas riquezas advindas do setor de mineração no Estado, tragédias como a que aconteceu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, mostram a necessidade de rever as formas de atuação no segmento.

    Esse é um dos aspectos discutidos com o lançamento da “Aliança de Mineração Sueca no Brasil”, realizado na última quarta-feira (4) em Belo Horizonte. O evento marca a reabertura do Consulado da Suécia em Minas Gerais, depois de ter permanecido suspenso por quase dois anos.

    Gerente do Conselho de Comércio e Investimentos da Embaixada da Suécia, Eric Forsberg ressalta que muitos desafios no Brasil também existem na Suécia, o que faz com que o País europeu tenha bastante experiência para lidar e trabalhar para ajudar as empresas mineiras a se tornarem mais sustentáveis e rentáveis.

    “As empresas suecas são bem sustentáveis em todas as formas, em termos de conhecimento, de jeitos de trabalhar, materiais que usam em seus produtos”, diz ele.

    Além disso, lembra o presidente da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), Thiago Toscano, a economia da Suécia também é muito parecida com a de Minas Gerais, sendo que o minério de ferro tem uma representatividade forte para ambos. Agora, diz ele, a ideia é discutir as inovações para o setor no Estado, conversando com várias empresas de lá. Ainda é prematuro, porém, de acordo com ele, falar o quanto em investimentos devem ser gerados em terras mineiras a partir disso.

    “Minas Gerais tem que aparecer. Os investidores têm que saber que existe Minas Gerais.

    Quando se vai lá para fora, as pessoas têm na cabeça São Paulo e Rio de Janeiro. Então, Belo Horizonte tem de se mostrar. Por isso a relevância de ter um consulado aqui. É o primeiro ponto para ser o foco dessa conexão. A gente precisa avançar nisso”, destaca ele, que lembra que o Estado tem muito a oferecer em termos de matéria-prima, como minério de ferro, ouro e nióbio e reúne as condições para atrações de investimentos. “Nós temos a maior reserva de nióbio do mundo”, diz.

    O subsecretário de promoção de investimentos e cadeias produtivas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Juliano Alves, destaca que, pensando na mineração como um todo, a Suécia pode oferecer bastante em termos de tecnologia.

    “Se nós pensarmos a mineração com um olhar para o futuro, há vários caminhos que podem tornar a nossa mineração mais competitiva, muito graças ao aporte dessa parceria com a Suécia. Por exemplo, tratamento de resíduos. Os suecos são primorosos nesse aspecto. Monitoramento de barragens, tecnologias relativas à segurança, inteligência artificial. São vários os segmentos que podem tornar esse setor mais competitivo. Minas não pode deixar de ser líder desse processo no Brasil, em vista da importância que o setor tem aqui”, ressalta ele.

    Alves diz ainda que existem perspectivas de incentivos. “Quando a gente pensa em tecnologia, é óbvio que há a perspectiva de incentivos serem alocados. Mas isso é uma coisa que precisaríamos pensar com mais calma, de maneira a amadurecer uma política voltada para a atração de empresas voltadas para esse setor de tecnologias minerárias. O que há é um interesse muito grande de parte não só da Suécia, mas de outros países também, e nós podemos sentar e eventualmente conversar a respeito de eventuais incentivos”, afirma.

    Empresas suecas – O Cônsul da Suécia em Minas Gerais, Mateus Quintela, ressalta que, inclusive, já existem muitas empresas do País europeu que atuam no setor de mineração brasileiro, como Volvo, Scania, Epiroc e Sandvik.

    “Nosso Estado é minerador. Grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro está ligada à mineração”, frisa ele, que também mencionou a importância de pensar em alternativas para o segmento.

    “Naturalmente, tecnologias novas mais produtivas, de menor impacto ambiental, que estiverem disponíveis e acessíveis às indústrias brasileiras de mineração serão sempre muito positivo”, avalia. “A atividade humana não vive sem a mineração em nenhuma esfera. A nossa dependência do metal, das baterias, dos condutores, são oriundos da mineração. Se nós pudermos desenvolver essa atividade com menor impacto, melhor. Já que não temos como evitar, que seja com o menor impacto possível ou da maneira mais sustentável possível”, pontua.

    A embaixadora Johanna Brismar finaliza dizendo o quanto Minas Gerais tem importância para a indústria sueca. “Há muitas oportunidades para desenvolver essa colaboração ainda mais. Estamos trabalhando o governo do Estado e com empresas privadas daqui. A aliança estratégica de mineração sueco-brasileira vai aprofundar o trabalho que fazemos juntos, nos setores como pesquisa, sustentabilidade e futuro da mineração”, afirma.

    Fonte: Diário do Comércio

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