O projeto organizado pela Fomentas Mining já repassou aproximadamente R$ 2,1 milhões ao Hospital Geral de Poconé (105 km de Cuiabá), para compra de medicamentos e realização de partos cesarianas. A ação da mineradora, que compõe o Instituto Somos do Minério, colabora com a unidade de saúde desde 2018, fazendo repasses médios de R$ 63 mil mensais. Ao todo já foram 480 partos custeados.
De acordo com o balanço realizado pela empresa, foram investidos R$ 820 mil na compra de medicamentos e R$ 1,3 milhões para a realização de mais de 480 partos cesarianos na unidade. A iniciativa partiu do empresário Valdinei Mauro de Souza, CEO da Fomentas Mining, ao ser apresentado a situação em que o hospital se encontrava.
“Poconé sempre nos acolheu como uma mãe, nos abençoando muito. Quando nos procuraram, e entendemos a situação complicada que o hospital se encontrava, com muitas dívidas, pronto para fechar, tivemos que intervir”, disse o minerador.
Ainda segundo Valdinei, existem planos para que mais empresários participem do Instituto e colaborem com doeações. “É a nossa forma de retribuir a essa cidade que nos acolheu tão bem. Queremos ampliar os projetos e convocar a cadeia produtiva da região a apoiar a causa do hospital”, finalizou.
Já segundo o diretor geral do hospital, Danton Caporossi, a ação vem permitindo o pleno funcionamento do hospital após um período crítico em que o órgão público correu o risco de fechar as portas por falta de financiamento.
“O hospital é mantido quase que integralmente pelo SUS com um recurso mensal de R$122 mil, dos quais 90% é utilizado para a folha de pagamento. Restam ainda os encargos, a compra de oxigênio, de alimentação, de insumos e outros. Se essa parceria se encerrasse, principalmente em relação a medicação, seria fatal, com certeza não conseguiríamos manter as portas abertas”, afirma Danton.
Segundo Andrei Giometti, presidente do Somos do Minério, este é apenas o começo das ações sociais do Instituto. “Muitos empresários já desenvolvem ações sociais no entorno das suas atividades e queremos fortalecer, fomentar e dar visibilidade a essas iniciativas. Queremos apoiar e já estamos em busca de projetos filantrópicos dentro da zona de influência da mineração, nos estados do Mato Grosso, Pará, Rondônia e Goiás. Seremos um canal de propagação dessas boas ações”, conclui.
Partos
Segundo o médico obstetra, Dr. Rogério Barros de Siqueira, responsável pelo atendimento às gestantes do convênio, o hospital não fazia partos desde 2015. “Era somente em ocasiões muito críticas, quando a paciente já chegava parindo realmente e não havia mais tempo de se deslocar para Cuiabá ou Várzea Grande, mas não eram condições adequadas”, afirma.
O médico explica que com o convênio, um levantamento é realizado com os postos de saúde, que encaminham as grávidas em fase final de gestação, e então é feito um monitoramento caso a caso. “Avaliamos desde a posição dos bebês ou que já passaram do dia, ou casos em que a mãe possui alguma condição de risco e vamos dando prioridade caso a caso”, afirma.
O atendimento começa antes do parto em si, com acompanhamento do final da gestação, e se estende no pós parto. “Elas ficam 48h internadas, com acompanhamento com a pediatra da clínica, até a alta”, explica.
Segundo Rogério é gratificante participar da iniciativa. “É muito prazeroso fazer parte de um projeto como esse, que permite o nascimento desses bebês aqui, o que há anos já não acontecia. Estamos aqui e conhecemos todo mundo, então sabemos da situação dessas pessoas e o projeto veio justamente para atender esse público mais carente. É muito digno, me sinto muito honrado em participar”, conclui.
O Dr. Rogério Barros é atualmente o único obstetra de Poconé, e participa do convênio através da Clínica Plena.
Informações sobre parceiros, ações e projetos do Instituto Somos do Minério estão disponíveis no site.