A Universidade Federal de Viçosa (UFV) vem realizando estudos em Miraí, Rosário da Limeira e São Sebastião da Vargem Alegre, na Zona da Mata mineira, para entender os processos hidrológicos em ambientes de mineração. O monitoramento e as avaliações são realizados em áreas da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), com objetivo de encontrar alternativas que possam melhorar a manutenção dos recursos hídricos.
O gerente das unidades da CBA na Zona da Mata, Christian Fonseca de Andrade, explica que esse é um programa de longo prazo, que abrange vários projetos, e já mostra resultados importantes para o setor de mineração. “Investir nesse tipo de estudo, com foco em conservação hídrica, é importante para mostrar que, mesmo após o processo de lavra e reabilitação ambiental, o solo continua apto para plantio de várias culturas e que a área minerada mantém boa absorção de água. O projeto reforça a sustentabilidade na mineração de bauxita realizada pela CBA”, afirma.
Um dos destaques do programa é o projeto de escoamento superficial, que avalia como a água escoa sobre o solo na região – antes e depois da atividade minerária. O projeto iniciou-se devido a questionamentos de moradores locais sobre o impacto da mineração nas nascentes d’água. Assim, foram criadas metodologia apropriada e avaliações frequentes, de forma a comparar a situação antes e depois da atividade minerária. Os resultados apontaram para uma redução significativa do escoamento superficial da água de chuva, favorecendo a sua infiltração no solo. O escoamento superficial em área reabilitada foi 67,45% menor sob o plantio de eucalipto, e em comparação com uma área similar, houve redução do escoamento superficial em 1,75 vezes após a reabilitação.
“Isso foi comprovado cientificamente e é um resultado que traz tranquilidade para nós e para a comunidade”, afirma Herly Carlos Teixeira Dias, professor titular do Departamento de Engenharia Florestal da UFV, especialista em hidrologia florestal e manejo de bacias hidrográficas. Ele avalia o andamento do programa como positivo, tanto pelo lado acadêmico como pelo social. “É bom para a universidade, pois permite aos estudantes a experiência do dia a dia da empresa e seus métodos. Bom para a CBA, que reafirma e tira dúvidas da população sobre os processos da atividade minerária e seus impactos. E bom para a comunidade, que dispõe de dados científicos sobre esse tema”, completa.
Outro projeto é o de monitoramento de nascentes em áreas de mineração, a fim de determinar se a atividade gera impactos na qualidade e quantidade de água nesses locais. Em fase de implementação, o projeto prevê avaliar bacias hidrográficas de cabeceira que contenham jazidas de bauxita em sua área de drenagem, com distribuição regional, abrangendo um período pré ao pós- mineração.
Todos os projetos abastecem o banco de dados do Programa de Estudos Hidrológicos, permitindo uma avaliação mais completa e assertiva. Os resultados são apresentados à CBA, para que a empresa possa absorver e lidar com quaisquer situações de risco. Por isso, há metas específicas de avaliação de diversos processos hidrológicos, tais como escoamento, infiltração, vazão das nascentes, qualidade da água, entre outros objetivos.
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Histórico
Desde 2008, a CBA desenvolve um modelo de restauração do solo que vem estabelecendo uma nova relação entre a mineração e o meio ambiente. Esta técnica inovadora vem sendo realizada nas regiões de Miraí e Itamarati de Minas, na Zona da Mata Mineira, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, e abrange áreas com mata nativa, culturas de café e eucalipto e também pastagem.
As áreas mineradas são submetidas a processos de reabilitação ambiental que proporcionam sua reintegração à paisagem da região, utilizando as melhores técnicas, que compreendem todas as etapas para a formação de um ambiente natural e sustentável. Por meio de parcerias com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Companhia desenvolve novas práticas para qualificar os processos de reabilitação, conquistando resultados tanto para a Empresa quanto para a Academia – os projetos já foram tema de estudos de mestrado e doutorado, apresentados em seminários nacionais e internacionais e, principalmente para os produtores rurais.
A mineração de bauxita em Minas Gerais tem características distintas daquela dos minérios que são extraídos em grandes cavas. O mineral se encontra em topos dos morros e meia encostas, em camadas rasas e de fácil extração, com pequenos rebaixamentos e sem necessidade de formação de cavas. No caso da bauxita, o trabalho de recuperação pode ser orientado tanto no sentido de recomposição de vegetação nativa, quanto para o cultivo agrícola e pastagens.
Sobre a CBA
Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável.
Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor
A CBA está bem perto de você. Acesse: www.cba.com.br.
Fonte: Assessoria de Imprensa