A produção bruta de aço dos 64 países que reportam à WSA (World Steel Association) registrou um recuo de 6% em março, em relação a igual período do ano passado, alcançando 147,1 milhões t. A WSA esclarece, no entanto, que devido à pandemia Covid-19 os números de vários países são estimados e poderão ser revistos nos próximos meses.
Nos três primeiros meses do ano, a produção somou 443 milhões t, com uma queda de 1.4% em comparação com o primeiro trimestre de 2019. A Ásia produziu 315,2 milhões t, decréscimo de 0,3%, enquanto a União Europeia registrou produção de 38,3 milhões t (queda de 10%) e a América do Norte gerou 29,5 milhões t (4,0% a menos).
A China, sozinha, produziu 79,0 milhões t em março de 2020, com recuo de 1.7%. Na Índia, entretanto, a queda foi de 13,9%, com a produção somando 8,7 milhões t. No Japáo a produção alcançou 8,2 milhões t, queda de 9,7% e na Coréia do Sul o volume registrado foi de 5,8 milhões t, ou 7,9% a menos.
Na União Europeia, o principal produtor, a Alemanha, produziu 2,9 milhões t, ou 20,9% menos do que em março de 2019. Na Itália, a produção despencou 40,2%, somando apenas 1,4 milhão t. Também foram registradas quedas de produção na França (-13,2%) e Espanha (-14,6%).
Nas Américas, os EUA produziram 7,1 milhões t (-4,4%) e o Brasil 2,6 milhões t (-8,2%).
Para a WSA, a indústria global do aço está sendo impactada por fechamentos, interrupção na cadeia de suprimentos, colapso da confiança, postergação de investimentos em projetos de construção, bem como declínio na atividade de consumo. A volatilidade no mercado financeiro e o colapso nos preços do petróleo são outros fatores que contribuíram para a redução dos investimentos. “É possível, no entanto, que o impacto na demanda de aço em relação à contração esperada para o PIB seja menos severo do que o visto durante a crise financeira de 2008”, prevê a associação, já que a crise foi seguida de uma severa redução nas atividades de investimento e industriais, devido ao colapso do sistema financeiro. A crise econômica atual, afeta muitos setores de serviços e consumo direto, onde o uso do aço é menos intensivo. Mas a recuperação depende muito da duração do isolamento e do timing dos planos de saída.
Fonte: Brasil Mineral.