A produção de carvão na China avançou no ano passado para o maior nível desde 2015, apesar das promessas de Pequim relacionadas às mudanças climáticas, que previam a redução no consumo do combustível fóssil, e dos meses de interrupção em grandes centros mineradores de carvão.
A maior mineradora e consumidora de carvão do mundo produziu 3,84 bilhões de toneladas em 2020, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas publicados nesta segunda-feira.
A produção chinesa de carvão recuou após atingir um pico de 3,97 bilhões de toneladas em 2013, com o país reduzindo a excessiva capacidade de mineração e promovendo o consumo de energias renováveis.
A produção, porém, está voltando a subir, diante do aumento da demanda industrial e de uma restrição não oficial às importações de carvão, que visa dar apoio ao setor doméstico de mineração.
Considerando apenas dezembro, a produção de carvão da China alcançou 351,89 milhões de toneladas, alta de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em novembro, havia somado 347,27 milhões de toneladas.
A mineração de carvão foi uma das primeiras indústrias da China a retomar operações quando as restrições de circulação impostas por causa da Covid-19 começaram a ser flexibilizadas, já que o governo desejava garantir ofertas adequadas de combustíveis no momento em que o país saía dos lockdowns.
A produção chegou a ser parcialmente interrompida na Mongólia Interior, principal área mineradora de carvão da China, após a região iniciar uma campanha anticorrupção em março.
Em setembro, porém, acabou se recuperando de mínimas de vários meses, à medida que as restrições à importação de carvão e a forte demanda por eletricidade intensificavam uma crise de oferta no início do período de inverno.
Fonte: Money Times