quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Parlamentares visitam barragem da Hydro Alunorte em Barcarena, no Pará

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    Comissão Externa da Câmara Federal de Brumadinho e Comissão Externa de Barragens da Alepa estiveram nas instalações da empresa na manhã deste sábado (30).

    Deputados e representantes da Comissão Externa da Câmara Federal de Brumadinho e da Comissão Externa de Barragens da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) visitaram na manhã deste sábado (30) as instalações da Hydro Alunorte, localizada em Barcarena, no nordeste do Pará. O objetivo é fiscalizar e vistoriar as barragens e reservatórios no estado.

    A deputada estadual Marinor Brito, presidente da Comissão Externa da Alepa, acompanhada de outros parlamentares, estiveram nas dependências da Hydro Alunorte, que contêm dois depósitos de resíduos sólidos. Na ocasião, foi apresentado o sistema de segurança dos depósitos de resíduos sólidos da companhia.

    Uma das bacias da Hydro, a DRS2 (que não está em atividade neste momento em virtude de embargo judicial), preocupa o geólogo Marcelo Moreno, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Ele considera essa barragem como uma das mais perigosas. Primeiro pelo material contido, que é altamente tóxico: soda cáustica e arsênio. Segundo, pelo tamanho- superior a 100 hectares- que em caso de rompimento, poderia afetar uma área de grande extensão.

    Por sua vez, a Hydro afirma que a empresa utiliza a mais moderna tecnologia mundial para armazenamento de resíduos: o uso de oito filtros prensa que tornam o resíduo com 78% de teor sólido, permitindo o empilhamento a seco do resíduo para compactação nos seus dois depósitos de resíduos sólidos (DRS1 e DRS2). O processo reduz a concentração de soda cáustica.

    A empresa diz ainda que diferentes tipos de inspeções são realizados nos depósitos de resíduos sólidos da Alunorte e que os resíduos dispostos nos DRS caracterizam-se de forma geral como resíduo de bauxita/areia do processo e outros materiais previstos na licença ambiental do empreendimento.

    A Comissão da Alepa também visitou as barragens de Água Fria e A1, em Oriximiná, oeste do Pará. A Comissão da Câmara Federal acompanha as vistorias, destinadas à análise e fiscalização das barragens existentes no Brasil. Em especial, as investigações relacionadas ao rompimento de Brumadinho (MG).

    Vazamento

    Nos dias 16 e 17 de fevereiro de 2018, resíduos de bauxita contaminada vazaram da Hydro Alunorte para o meio ambiente após fortes chuvas em Barcarena. Após uma vistoria com a presença da procuradoria do Ministério Público, foi identificado uma tubulação clandestina que saía da refinaria e despejava rejeitos que contaminaram o solo da floresta e rios das localidades próximas. Ainda foram encontradas outras duas tubulações ilegais que tinham a mesma finalidade.

    Desde então, Ministério Público, OAB, Ministério do Meio Ambiente, deputados federais e Governo do Estado destacaram equipes para apurar os danos do acidente e dar suporte às comunidades atingidas.

    Em nota, a Hydro afirmou que várias inspeções de autoridades, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Defesa Civil e Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Barcarena (Semade) confirmaram que não houve vazamentos ou transbordo dos depósitos de resíduos de bauxita da refinaria. Este fato teria sido confirmado também por análises realizadas pela força-tarefa interna da empresa e por consultores ambientais independentes.

    Hydro Alunorte

    A Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo, fora da China. O produto é a principal matéria-prima do alumínio e é produzido a partir da bauxita, que é fornecida pela Mineração Paragominas via mineroduto e pela Mineração Rio do Norte (MRN), pelo porto de Vila do Conde. Parte da alumina é exportada e a outra é direcionada para a Albras, produtora de lingotes de alumínio.

    A produção de alumina gera um resíduo, que é lavado, filtrado e armazenado nos dois depósitos de resíduos sólidos da empresa: DRS1 e DRS2. O primeiro iniciou operações em 1995 e o segundo começou sua fase de testes e comissionamento em agosto de 2016. Ambos não são classificados como barragem pela legislação brasileira.

    Segundo a Alunorte, como parte do Plano de Atendimento a Emergências para as comunidades, a empresa possui veículos equipados com alto-falante para comunicação com a população. Estes veículos estão estrategicamente posicionados para ação rápida e chegada de informações para a sociedade.

    Fonte: G1

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