O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, prevê que a mineração no estado tem um futuro promissor para os próximos anos. “Queremos que esse setor seja o mais pujante possível e temos agora uma oportunidade real devido ao câmbio e às taxas de juros mais civilizadas. Um emprego em uma mineradora gera uma cadeia de empregos e estamos fazendo o máximo para contribuir para o crescimento dos investimentos nessa área”, destacou na abertura do painel sobre plano de investimentos do setor da mineração, no primeiro dia do 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC).
Zema reforçou que o que é possível fazer no âmbito estadual está sendo feito. “Já conseguimos dar celeridade aos processos, de forma que não estamos tirando a qualidade de análise, apenas evitando que fiquem engavetados, o que dá mais previsibilidade de negócios para a indústria mineral. Mas muitas mudanças ainda dependem da esfera federal. Além disso, o setor privado é que tem de ser o protagonista, então cabe ao estado proporcionar segurança na regulamentação dos empreendimentos para o empresário levar em diante seus investimentos”, afirmou.[ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo0
Flavio Penido, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), destacou que os estados que lideram o ranking de maior previsão de investimentos na mineração são Minas Gerais, com 12 bilhões de dólares, e o Pará, com 8,6 bilhões de dólares voltados para a área. “A Bahia também vem despontando e atraindo investidores. Mas vale ressaltar que o efeito multiplicador da indústria extrativa não é somente de empregos diretos gerados, é de uma cadeia de empregos totalizando 2,3 milhões de trabalhadores ligados de forma direta ou indiretamente a esse setor”, disse.
O presidente da comissão de Obras Industriais e Corporativas da CBIC Ilso José de Oliveira, concorda com o potencial do setor e afirmou que o segmento da mineração tem uma participação importante nas obras industriais. “O nosso segmento movimenta por ano em torno de R$ 85 bilhões, e uma parcela representativa desse valor é oriunda de projetos executados para o setor de mineração. Vale dizer ainda que as obras industriais também são grandes geradoras de empregos, que são 100% formais. Nesse segmento não tem informalidade”, lembrou.
Quando o assunto foi o compromisso com o aperfeiçoamento dos processos produtivos, maior transparência e adoção crescente de padrões internacionais de sustentabilidade, Penido afirmou que o Ibram tem atuado em vários níveis para unir o setor mineral em ações que demonstrassem isso à sociedade e autoridades.
Segundo ele, a indústria da construção pode contar com a mineração do Brasil para crescerem juntos. Para isso, a criação de parâmetros normativos é defendida como uma forma de dar segurança jurídica e, assim, estimular as empresas a caminharem nessa direção. “Estamos avançando, falando da mineração do futuro e discutindo permanentemente novos processos de produção. Temos novas ferramentas que reduzem substancialmente o volume de rejeito produzido e que ajudam nessa evolução sustentável do setor”, avaliou Penido.
Geraldo Jardim Linhares Júnior, presidente do Sinduscon-MG, ressaltou que como líder de um setor que movimenta mais 92 setores, valoriza o trabalho que está sendo feito em Minas Gerais. “Percebo ótimas mudanças na secretaria de meio ambiente e em vários órgãos do estado no sentido de melhorar a mineração, para que ela possa seguir atraindo investimentos, já que o estado ainda é a maior região mineradora do país”.
Já o presidente do Sinduscon-PA e vice-presidente da região Norte da CBIC, Alex Dias Carvalho, reforçou que o Pará hoje é uma referência na área, despontando como província mineral. “Isso é muito importante para geração de empregos no estado. Com a participação de empresas locais nesses investimentos vamos ter protagonismo nesse setor tão importante para nosso estado. O Sinduscon tem total aderência aos propósitos do Ibram e o que pudemos ajudar no desenvolvimento do setor com interface da construção, estamos abertos a fazer”, afirmou Dias.
O 92º ENIC é uma realização da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Conta com a correalização da Asbraco-DF, Sinduscon-DF e Ademi-DF e apoio do Sesi e do Senai Nacional e patrocínio platinum da Caixa e da Arcelormittal Brasil e silver do Sebrae.
O painel tem interface com o projeto ‘Fortalecimento das Empresas de Obras Industriais e Corporativas’ da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (Coic) da CBIC em parceria com o Senai.
Fonte: Portal da Mineração