quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Novo CEO assume a Rio Tinto após destruir local sagrado indígena na Austrália

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    Maquinário usado pela mineradora Rio Tinto
    Foto: Rio Tinto/Divulgação

    A Rio Tinto encontrou um novo chefe após uma crise este ano que levou à destituição de seu principal executivo.

    Em dezembro, a gigante da mineração nomeou o diretor financeiro (CFO) Jakob Stausholm como CEO. Ele assumirá o cargo nesta sexta (1), no mesmo dia em que o CEO Jean-Sébastien Jacques deve deixar o cargo.

    Jacques saiu sob a pressão de investidores em setembro sobre a destruição pela empresa de um sítio indígena sagrado de 46 mil anos na Austrália. A obra destruiu as cavernas de Juukan Gorge no estado de Western Australia em maio para expandir uma mina de minério de ferro.

    A decisão de explodir o local enfrentou uma batalha de sete anos pelos guardiões locais da terra, os povos Puutu Kunti Kurrama e Pinikura, para protegê-la.

    A Rio Tinto mais tarde se desculpou pelo incidente, com seu presidente Simon Thompson admitindo: “O que aconteceu em Juukan foi errado”.

    A empresa também disse que cortaria o bônus de Jacques e dois outros executivos seniores, que totalizavam £ 3,8 milhões (R$ 26 milhões).

    Mas não demitiu imediatamente nenhum executivo, o que levou a mais reações.

    Grupos de investidores acusaram a Rio Tinto de não assumir total responsabilidade pela demolição das cavernas, que tinham valor arqueológico significativo e profundo significado cultural para o povo aborígine. Os dois abrigos de pedra continham, entre outras coisas, artefatos indicando dezenas de milhares de anos de ocupação humana contínua.

    Alguns políticos, desde então, pediram a restituição.

    Um painel de inquérito do Comitê Permanente Conjunto do Norte da Austrália concluiu que a Rio Tinto deveria pagar indenizações aos indígenas australianos. Ele descreveu a destruição das cavernas como “imperdoável”, mas não especificou a quantia proposta.

    Analistas do banco de investimento UBS observaram que o relatório do comitê não era uma política governamental, escrevendo em uma nota de pesquisa que “uma ação unilateral é improvável”. Eles acrescentaram, porém, que a Rio Tinto “provavelmente pagará uma indenização” pelo incidente.

    Em uma declaração, Stausholm reconheceu o desafio que tem pela frente, reconhecendo “os tempos difíceis que enfrentamos durante 2020”.

    “Também estou perfeitamente ciente da necessidade de restaurar a confiança com proprietários tradicionais e nossas outras partes interessadas, que considero uma prioridade fundamental para a empresa”, acrescentou o novo CEO, referindo-se aos custodiantes locais do terreno.

    Fonte: CNN Brasil

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