Na reunião internacional do ISO/TC 155 – Comitê técnico da ISO para níquel e ligas de níquel, ocorrida em 2013, no Brasil, decidiu-se pela revisão das duas normas originais, para Carbono (ISO 7524) e enxofre (ISO 7526) cujo escopo abrangia os produtos níquel refinado, ligas de níquel e ferroníquel, analisados pela técnica combustão seguida de absorção por infravermelho. O trabalho foi conduzido por especialista da China, com participação do Brasil, China, França e Noruega.
Após a realização do tratamento estatístico dos dados produzidos em interlaboratorial internacional concluiu-se para a aplicação dessas normas, especificamente ao produto ferroníquel. A Comissão de Estudo Especial da ABNT para a Normalização Internacional para Não-ferrosos (ABNT/CEE-081), cuja condução e operacionalização é feita pelo IBRAM-CONIM (Comitê para a Normalização Internacional em Mineração criado pelo IBRAM em 1994) participou ativamente dos testes envolvidos no processo de revisão das normas e recebeu com muita satisfação os resultados positivos para ferroníquel. O químico do laboratório da unidade de Onça Puma, Virgínio Pasqualon, considerou o fato particularmente importante, pelo fato da técnica descrita no método confirmado já ser utilizada na rotina do laboratório, para as análises do produto final: “A publicação das normas ISO 7524 e ISO 7526 é de extrema importância para a certificação de nosso produto final em acordo com as melhores práticas do mercado. A Unidade Operacional Onça Puma é atuante em adotar as normas nacionais e internacionais e participa ativamente dos desenvolvimentos e elaborações. Essa normalização estreita os laços comerciais, evitando conflitos em relação aos produtos e serviços, além de promover o sentimento de segurança de nossos dados analíticos, utilizando uma norma com consenso internacional.”
“É de extrema importância promover o consenso entre as partes interessadas, como soluções que estabeleçam que as expectativas quanto aos requisitos ambientais, de segurança, de desempenho e de qualidade, sejam consolidadas de modo que promovam benefícios, não só para as empresas, mas também para a comunidade.
Aqui na Unidade Operacional Onça Puma somos atuantes em utilizar as normas técnicas, bem como participar ativamente do desenvolvimento e sua elaboração, pois o consenso e aprovação por um organismo reconhecido, torna possível a observância de um instrumento de globalização dos mercados.
Com a normalização, as barreiras técnicas e comerciais são ajustadas em comum acordo, evitando os conflitos em relação aos produtos e/ou serviços em âmbito nacional e internacional, refletindo positivamente no intercâmbio comercial”.
O reconhecimento da importância dessas duas normas, levaram a CEE-081 a incluí-las no portfólio de normas a serem adotadas como normas brasileiras, como ABNT NBR ISO 7524 e ABNT NBR ISO 7526, o que levará ao trabalho de tradução idêntica de ambas para o português e posterior publicação pela ABNT.
Os produtores, consumidores e prestadores de serviços brasileiros e no exterior são encorajados a utilizar essas normas para analisar o ferroníquel bem utilizá-las como referência nos certificados de análises emitidos em certificados e relatórios técnicos de trabalhos relacionados ao produto em referência.
Fonte: Portal da Mineração