O composto beneficia o meio ambiente, a comunidade e os colaboradores, que utilizam como nutrientes para as plantas
Em 2019 a Nexa deu início às obras de implantação do maior empreendimento da indústria mineral do Estado de Mato Grosso. Desde então, diversas ações de sustentabilidade vêm sendo incorporadas ao Projeto Aripuanã. Uma delas é a transformação dos resíduos orgânicos em adubo para plantas. Cascas de legumes, frutas, ovos e outros alimentos fazem parte deste processo, que resulta em fontes de nutrientes usados nas hortas comunitárias da cidade e distribuídos entre os colaboradores.
A reutilização das sobras de alimentos do refeitório e do alojamento Construcap, também resultou em ganhos ambientais. Cerca de 200 quilos por dia de restos de alimentos são processados em diversas etapas para produzir o composto natural. Primeiro, os materiais são armazenados em local apropriado, instalado no canteiro de obras, para evitar contaminação. Após a pesagem, eles são levados para a área de compostagem – técnica controlada de decomposição, com a proliferação de micro-organismos.
A técnica de meio ambiente da Construcap, Xirlens Castro de Sales, comentou que a iniciativa surgiu após o aumento de resíduos orgânicos gerados no Projeto. Ela explica que o processo de compostagem é simples. São utilizados apenas três produtos: pó de serragem, cal e um tipo de substrato orgânico (turfa). Em seguida, estes produtos são adicionados com os resíduos orgânicos em uma betoneira por 30 minutos. A próxima etapa é o processo de secagem, cujo prazo é de 8 a 15 dias para a finalização e produção dos adubos.
“A iniciativa é bastante gratificante e nos enche de orgulho, pois fazendo a compostagem estamos evitando que os resíduos sejam encaminhados para os aterros sanitários. Além de diminuir o volume de resíduos, a prática também pode ser feita dentro de casa”, afirma a técnica de meio ambiente, que dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por cinco pessoas envolvidas no processo.
O coordenador de Gestão Social da Nexa do Projeto Aripuanã, Marcelo Patarro, pontuou que a ação é fundamental para a questão educativa, pois ajuda a conscientizar sobre os impactos ambientais e consumo consciente. “Buscamos incorporar ao Projeto Aripuanã uma visão de sustentabilidade em todos os processos. Dessa forma, buscamos somar esforços em prol do meio ambiente, em conformidade com as melhores práticas de gestão ambiental adotadas pela empresa”.
Hortas comunitárias – O adubo orgânico é item indispensável para nutrir as hortas suspensas e viveiros dos Projetos de Sustentabilidade de Baixo Custo, ação que segue em andamento na comunidade escolar das áreas rurais e urbana de Aripuanã. A iniciativa é fruto do Programa de Educação Ambiental (PEA) do Projeto Aripuanã. No total, cinco escolas da rede pública municipal, dentre elas duas creches, já receberam o composto orgânico. Conforme o Coordenador Técnico de Projetos do Pacto das Águas, Emerson de Oliveira Jesus, estão previstas mais 5 hortas orgânicas a serem implantadas em escolas rurais do município.
O coordenador técnico do Pacto das Águas disse que a implementação do laboratório de práticas sustentáveis despertou o interesse da comunidade local. Segundo ele, a expectativa é que no segundo semestre deste ano, após o retorno das aulas na rede pública de ensino, no sistema híbrido, é que o processo de compostagem seja adotado nas escolas. “Desejamos que iniciativas como essa cresçam na cidade. Na fase estrutural do projeto levamos conhecimento técnico ao corpo docente. Agora vamos acompanhar a fase de execução dos trabalhos. Afinal, estamos falando de hortas que produzem ervas e alimentos que abastecem as próprias escolas”, afirma Emerson.
Educação Ambiental – O Programa de Educação Ambiental (PEA) integra o Plano de Controle Ambiental (PCA) do Projeto Aripuanã. A finalidade é contribuir para a conservação ambiental e para o desenvolvimento da consciência do uso racional dos recursos ambientais por parte da comunidade do município de Aripuanã. Em fevereiro de 2020, foi realizada a ação de capacitação de Educadores Ambientais, envolvendo toda comunidade escolar. Na ocasião, foi produzida e entregue aos participantes uma Cartilha de Capacitação em Educação Ambiental.
Diante do cenário da covid-19, as atividades do PEA foram reformuladas para cumprimento dos indicadores. No início do ano, a Nexa realizou cursos práticos no Viveiro de Mudas, espaço socioambiental que mantém em parceria com a comunidade de Aripuanã, com o intuito de ensinar as pessoas, de forma prática, a plantarem uma muda, através dos olhos da educação ambiental. Em maio de 2021, foram concluídas as oficinas de construção participativa de projetos de sustentabilidade de baixo custo. A execução dos projetos segue em fase de implantação e desenvolvimento. Também estão previstas visitas guiadas ao Viveiro de Mudas, após melhora do cenário de pandemia.