O coronavírus que abala os mercados desde janeiro não deve impedir que os preços do cobre subam para US$ 3 por libra-peso este ano, disse o ministro de Mineração do Chile, Baldo Prokurica, em entrevista.
O preço do cobre, frequentemente usado como termômetro da economia global, acumula baixa de cerca de 8% em 2020, o que sinaliza uma menor demanda pelo metal que tem diversos usos, como em eletrônicos e automóveis, e afasta investidores de ativos de maior risco.
A oferta de cobre em depósitos rastreados pela Bolsa de Futuros de Xangai aumentou para o maior nível já registrado para esta época do ano, já que restrições logísticas na China impedem que a produção atinja os usuários finais, o que pressiona ainda mais o preço do metal.
As cotações do cobre “devem se estabilizar assim que o coronavírus passar”, disse Prokurica em entrevista na segunda-feira durante a conferência PDAC, em Toronto.
“Ninguém tem informações para dizer que o coronavírus durará um ou dois ou três meses, mas a SARS e similares duraram entre dois e três meses, então achamos que é isso o que acontecerá com o coronavírus.”
O cobre registrou queda de 1,2% nas negociações de sexta-feira em Nova York, para US$ 2,54 por libra-peso.
“Tenho a impressão de que o preço deve ficar entre US$ 3 e algo mais”, disse Prokurica, citando a situação da demanda e oferta e as futuras negociações salariais nas minas do Chile como fatores potenciais.
A Comissão Chilena do Cobre (Cochilco) cortou sua projeção de preço para US$ 2,85 a libra-peso diante da estimativa anterior de US$ 2,90 em janeiro.
Fonte: MoneyTimes