O Mining Hub, espaço de inovação do setor de mineração instalado em Belo Horizonte, abriu inscrições para a primeira rodada do programa M-Spot, voltado para solucionar desafios exclusivos de mineradoras e fornecedores.
O primeiro ciclo está sendo realizado pela Vale, sob investimentos superiores a R$ 2 milhões em projetos para diferentes áreas da empresa, tais como ferrovia, energia, geotecnia, marketing técnico, navegação, pelotização e portos.
O programa desenvolvido pela Neo Ventures junto à mineradora contará com 15 desafios dentro das sete áreas de atuação. O tíquete médio para a realização das provas de conceito (POCs) de cada projeto é R$ 150 mil.
As informações são do diretor técnico da Neo Ventures e responsável pela operação dos programas M-Stat e M-Spot do Mining Hub, Vinicius Roman. Segundo ele, o edital lançado neste mês ficará disponível até o começo de agosto, quando terá início a fase de triagem dos projetos.
“A seleção ocorrerá em duas etapas. A primeira, por meio do formulário preenchido no site, e a segunda por meio de interações, com duração de mais um mês. E a Vale participará de todas as etapas”, explicou. Este momento é o que chamam de bootcamp e o resultado deste trabalho será o insumo para seleção de uma startup, por desafio, que apresentar a melhor solução para implantação da POC.
Depois haverá o momento de implantação. Período de cinco meses no qual a startup irá implantar a POC na mineradora, de acordo com a proposta de trabalho definida no bootcamp.
Por fim, haverá o Demoday: evento que vai celebrar o encerramento do ciclo do programa, no qual as startups apresentam os resultados das POCs.
Devido às medidas de distanciamento social em combate à disseminação do novo coronavírus (Covid-19), o programa acontecerá com encontros e meetups virtuais. Já para a implementação das POCs será estudada a melhor forma de dinâmica para aplicação, caso a caso, e um planejamento de implantação adaptado com a mineradora durante a execução, caso necessário.
Ainda conforme Roman, o volume de interessados é grande e a Vale tem intenção de lançar o segundo ciclo ainda este ano. No entanto, ele destacou que o programa deverá contemplar também outras mineradoras, seguindo uma cadência estabelecida pelo próprio Mining Hub.
“Cabe lembrar que o recurso aplicado pela empresa é a fundo perdido, não exige contrapartida das startups e também não estabelece nenhum direito de propriedade intelectual ou participação acionária. E os projetos desenvolvidos a partir dos desafios poderão ser utilizados por eventuais outras mineradoras, aumentando a possibilidade de negócios”, ressaltou.
Diferentemente do M-Start, no M-Spot a mineradora ou fornecedor lança desafios específicos e de interesse exclusivo, de acordo com sua necessidade operacional ou estratégica. Assim, através do programa, as empresas associadas ao Mining Hub têm a oportunidade de trabalhar desafios internos e, portanto, específicos, junto com startups, que indicarão caminhos e soluções.
Fonte: Diário do Comércio