MANILA (Reuters) – Os futuros do minério de ferro na China subiram mais de 5% nesta quarta-feira, a maior alta desde julho do ano passado, por preocupações sobre a oferta à medida que mais países determinam quarentenas para conter o coronavírus, incluindo importantes produtores da matéria-prima.
Esperanças de estímulos à economia global e de retomada na demanda por aço também impulsionaram o sentimento do mercado, com congressistas dos Estados Unidos mais próximos de aprovar um pacote de ajuda de 2 trilhões de dólares e com o grupo do G20, que reúne as principais economias, buscando uma resposta coordenada à pandemia.
O minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian fechou em alta de 5,1%, a 665 iuanes (93,97 dólares) por tonelada, zerando suas perdas no ano. Na bolsa de Cingapura, os futuros subiam 2,5% à tarde.
“Isso se deve principalmente à resiliência da produção chinesa de metais quentes, coincidindo com restrições do lado da oferta no Brasil e na Austrália”, disse o diretor de pesquisa da WoodMackenzie, Paul Gray.
Ele afirmou, no entanto, que a queda do minério de ferro nos últimos dias parece o início de uma tendência, e não um susto, acrescentando que “o balanço indica um impacto maior sobre demanda por minério de ferro do que sobre a oferta”.
A África do Sul e a Austrália, que abrigam algumas das maiores mineradoras de minério de ferro do mundo, impuseram medidas de isolamento para desacelerar a epidemia do coronavírus.
A mineradora brasileira Vale suspendeu operações de um centro de distribuição na Malásia.
No aço, os futuros do vergalhão na bolsa de Xangai fecharam em alta de 1,5%.
Fonte: Extra