Fusões e aquisições entre mineradoras devem aumentar assim que as incertezas da pandemia se dissiparem, de acordo com o banco de investimento mais ativo do setor.
Mineradoras estão com muito capital e prontas para expandir por meio de aquisições, enquanto a demanda se recupera e déficits elevam os preços dos metais.
Além disso, os lucros corporativos estão nos maiores níveis em uma década, de acordo com Ilan Bahar e Jamie Rogers, responsáveis globais por metais e mineração do BMO Capital Markets, que organiza uma das maiores conferências de mineração do mundo esta semana.
“A história mostra que, quando há momentum positivo dos preços das commodities, isso tende a impulsionar as atividades de F&A”, disse Bahar em entrevista antes da reunião. “À medida que o mundo se abra – se o preço das commodities permanecer forte -, esperamos que as fusões e aquisições venham em seguida.”
O mercado de fusões e aquisições está entre os tópicos desta semana na 30ª conferência global anual de metais e mineração, realizada virtualmente devido às restrições de viagens aos riscos associados à pandemia.
Essas questões da Covid-19 já restringiram as atividades de fusões e aquisições no ano passado, embora o braço de banco de investimento do Banco de Montreal veja muitas negociações acontecendo.
“Parece bem agitado”, disse Rogers na entrevista, observando que conselhos e diretores ainda se perguntam: “‘como posso sair e fazer uma grande aquisição sem colocar os pés na empresa?’”.
A demanda reprimida por aquisições deve começar a ser percebida com a reabertura das economias, desde que os preços das commodities se sustentem, disseram os executivos, destacando que o encontro virtual de cinco dias atraiu um número recorde de investidores de renda variável e empresas participantes.
“Se não fosse pelas restrições de viagens associadas à Covid – com esse ambiente de preços de commodities, com esse momentum -, teríamos visto muito mais fusões e aquisições”, disse Bahar.
Fonte: Money Times