A Vale e a Fundação Vale estão em negociações com o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, para uma iniciativa que deve contribuir para a reconstrução do patrimônio perdido em um incêndio em 2018, informou a mineradora à Reuters.
A revelação da empresa foi feita após duas fontes com conhecimento das conversas dizerem que será assinado em breve um protocolo de intenções para montar um modelo de governança para a gestão de recursos voltados à reconstrução do museu, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A expectativa dentro do mundo acadêmico é de que a Vale possa injetar até 50 milhões de reais na reconstrução da estrutura e do acervo do museu, valor não confirmado pela empresa.
“As conversas apontam que a Vale tem um limite orçamentário de até 50 milhões de reais para pôr no museu”, disse à Reuters uma fonte do setor acadêmico, na condição de anonimato.
“O que a Fundação Vale sinaliza é colocar dinheiro e ainda ajudar a trazer parceiros”, adicionou.
O incêndio que começou em um aparelho de ar condicionado destruiu a estrutura do museu e cerca de 90% do acervo histórico.
Obras emergenciais já foram realizadas para evitar que a estrutura desabasse, mas a reconstrução vai consumir mais recursos, segundo a UFRJ.
“Os valores são menores (que os 50 milhões de reais) e há detalhes de governança (a serem fechados)”, disse uma fonte da mineradora, também sob condição de sigilo.
“Isso não será empecilho para conseguir os recursos da Vale… isso será tratado no protocolo e aprofundado em seguida. Teremos estrutura de governança, time definido e como vamos executar os recursos”, adicionou a fonte acadêmica.
Em junho de 2018, antes do incêndio, a Vale disse ter firmado patrocínio para uma exposição de Mineralogia e Geologia Econômica, que seria inaugurada em dezembro do ano passado, em comemoração aos 200 anos do museu.
A UFRJ conta com cerca de 43 milhões de reais em emendas impositivas de parlamentares já aprovadas para a recuperação do museu e com uma verba de cerca de 22 milhões de reais do BNDES, não reembolsável. A Unesco também tem dado suporte técnico na recuperação das atividades do museu.
Fonte: UOL