Conforme dados do governo estadual sobre o desempenho do setor mineral, de janeiro a outubro de 2021 a Bahia registrou um salto de 58,83% sobre o mesmo período do ano passado no valor da produção mineral comercializada, que passou de R$ 4,6 bilhões para R$ 7,3 bilhões.
Um dos principais impulsionadores desse crescimento foi a BAMIN, que deve encerrar o ano com produção de 1 milhão de toneladas de minério de ferro, volume que deve aumentar progressivamente até 2026, quando se prevê a conclusão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e do Porto Sul. Após a finalização dessas obras, a BAMIN deverá produzir a uma capacidade de 18 milhões de toneladas anuais.
A contribuição da BAMIN tem sido expressiva também no recolhimento de impostos, já que de janeiro a setembro de 2021 a empresa recolheu aos cofres públicos R$ 40,3 milhões em tributos e taxas. Foram R$ 2,87 milhões em ISS, R$ 17,1 milhões em ICMS e R$ 14,1 milhões em CFEM. Aliás, segundo o governo da Bahia, a arrecadação de CFEM no estado cresceu 77,3% de janeiro a outubro de 2021, somando R$ 134,2 milhões, contra R$ 75,6 milhões em igual período do ano passado.
Avanços na construção
A BAMIN informa que as obras de construção da FIOL, fundamental para o escoamento do minério de Caetité até o Porto Sul e que demandam investimentos de R$ 3,3 bilhões (R$ 1,6 bilhão em obras civis e R$ 1,7 bilhão em material rodante, como vagões e locomotivas), estão avançando bem.
A ferrovia, quando concluída, terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas por ano, sendo que a BAMIN utilizará 1/3 dessa capacidade. O restante será utilizado por outras mineradoras, agronegócio e outros setores que necessitem escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos agrícolas.
A mineradora exportará a sua produção por meio do Porto Sul, que está sendo construído em Ilhéus, numa parceria com o governo do estado. As obras de conexão viária do Porto Sul avançaram este ano. Em setembro foi concluída a ponte sobre o Rio Almada, necessária para acessar o futuro terminal privado.
Já o Porto Sul terá sua capacidade de movimentação compartilhada com outras cargas, como grãos, fertilizantes e outros minérios. Um terminal de águas profundas, ele estará apto a receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas.
“Em 2021, produzimos um milhão de toneladas de minério de ferro, na Mina Pedra de Ferro, em Caetité, e avançamos muito nas obras de acesso e de construção do Porto Sul, em Ilhéus. A BAMIN também assinou, em setembro, o contrato de concessão da FIOL trecho 1, ligando Caetité a Ilhéus. Quando o nosso projeto de logística integrado, com ferrovia e porto, estiver pronto até 2026, vamos produzir 18 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, contribuindo para tornar o estado da Bahia o terceiro maior produtor de minério de ferro do país”, afirma Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN.
Eduardo ainda conclui: “A Mina Pedra de Ferro, Porto Sul, e agora o projeto FIOL, constituem um marco histórico de transformação para a economia e para o orgulho do povo da Bahia e de todos os brasileiros. Temos certeza de que a Bahia ocupará uma nova e importante dimensão na economia nacional, gerando riquezas, distribuição de renda e elevando o padrão de dignidade e qualidade de vida de sua população. Com a FIOL e o Porto Sul estamos também construindo um novo corredor logístico e de exportação, que certamente contribuirão para o crescimento e o desenvolvimento sustentável de toda a Bahia e do país.”