Daniel Gonçalves, cineasta, diretor e personagem principal do longa Meu nome é Daniel, falará sobre deficiência
O evento Everyone Day contará com a presença da trans Vivian Miranda, astrofísica da Nasa, e do premiado cineasta Daniel Gonçalves, que abordará a temática da deficiência. A diversidade étnico-racial e a equidade de gênero também serão debatidas
Reconhecida em maio deste ano com o prêmio Leona Woods Award – voltado para cientistas mulheres, de grupos sub-representados e LGBTQ+ que se destacam na área da física – a astrofísica Vivian Miranda é a única brasileira transexual em um projeto da Nasa. Ela está entre os palestrantes da segunda edição do programa Everyone Day no Brasil, promovido pela Anglo American. O evento vai debater questões como equidade de gênero, identidade de gênero, inclusão de pessoas com deficiência e diversidade étnico-racial nas organizações.
Além de Vivian Miranda, o Everyone Day recebe o jornalista e cineasta Daniel Gonçalves, diretor do documentário Meu nome é Daniel. O longa ganhou o prêmio Documental Calificado Oscar, do Festival Internacional de Cine de Cartagena, realizado na Colômbia, e está cotado para disputar o Oscar na categoria melhor documentário, em 2020.
Diretor e protagonista do filme autobiográfico, Daniel mostra como se deu a construção de sua identidade para além da deficiência e propõe uma reflexão sobre “o que é ser normal”. Como palestrante do Everyone Day, ele também vai falar sobre as práticas de inclusão no mercado de trabalho.
A temática da diversidade étnico-racial nas organizações ficará a cargo de Alexandra Loras – ex-consulesa da França no Brasil – que há mais de 20 anos atua para dar visibilidade à exclusão de negros e ao racismo estrutural. Mantendo o foco em diversidade – no âmbito da equidade de gênero – o evento contará também com a presença de Maria José Salum, engenheira de Minas e doutora em tecnologia mineral.
Para um debate global sobre a diversidade
A ação faz parte do programa global da Anglo American – o Everyone – implantado em todos os países do mundo onde a companhia atua. Na visão do grupo, valorizar a diversidade é reconhecer a singularidade de cada indivíduo: seus pensamentos, crenças, contribuições e perspectivas.
Para a Anglo American, a diversidade e a inclusão se legitimam em um ambiente de trabalho que se mostre seguro e positivo, no qual cada indivíduo é valorizado por suas características, e que seja propício e harmônico para o desenvolvimento do potencial profissional de todos na organização. Esse é o objetivo do Everyone Day: disseminar e promover reflexões que favoreçam a diversidade nas corporações.
Mas as ações da empresa nesse campo não se resumem ao Everyone Day. Mais de 200 empregados se organizaram em grupos de afinidade que vêm discutindo a equidade de gênero na organização na sede e nas áreas operacionais. Os encontros são mensais e, ao final, os grupos farão propostas de projetos práticos a serem implementados, com foco na equidade de gênero.
Além disso, a meta é que 100% dos líderes passem por uma capacitação de liderança inclusiva até junho deste ano. Até agora, 70% já foram capacitados. Também é objetivo da companhia ter 30% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2020. Licença parental e trabalho com horário flexível são outros temas que estão sendo discutidos em nível global pela organização, que, no Brasil, acaba de aderir aos princípios de empoderamento das mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres.
No âmbito da inclusão de pessoas com deficiência, a Anglo American já acumula algumas conquistas, como o Prêmio Empresa Inclusiva para Trabalhadores com Deficiência, em 2018. Promovida pelo Governo de Minas Gerais – por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) – e apoiada pelo Sistema Fiemg, a iniciativa mapeou, valorizou e divulgou as boas práticas de inclusão de trabalhadores nas empresas.
Saiba mais sobre os palestrantes do Everyone Day
LGBTQ
Vivian Miranda
A carioca Vivian é a única brasileira em um projeto com a Nasa que desenvolve um satélite avaliado em US$ 3,5 bilhões.
É também a primeira transexual a fazer pós-doutorado em astrofísica na Universidade do Arizona, onde atualmente trabalha com pesquisa.
EQUIDADE DE GÊNERO:
Maria José Salum
Graduada em engenharia de minas e doutora em tecnologia mineral, atuou como professora associada do departamento de engenharia de Mmnas da UFMG de 1977 a 2010. Tem experiência docente e de pesquisa nas áreas de beneficiamento de minérios, desenvolvimento sustentável na mineração e meio ambiente, com vários artigos publicados em congressos e periódicos, nacionais e internacionais, capítulos e edição de livros técnicos, orientação de mestrado e de doutorado e coordenação de projetos de pesquisa, tendo sido agraciada, em 2004, pelo Governo do Estado de Minas Gerais, com a medalha Santos Dumont, por serviços prestados à comunidade técnico científica.
ETNIA/Raça:
Alexandra Loras
Executiva, comunicadora e ex-consulesa da França, transformou a narrativa de sua vida em uma missão. Há mais de 20 anos ela atua na área de transformação pessoal e empresarial com o objetivo de reequilibrar a diversidade étnico-racial de diversas organizações. Seu trabalho ao lado de grandes empresas nacionais e internacionais mostra que a conscientização sobre diversidade também está diretamente ligado à rentabilidade.
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Daniel Gonçalves
Nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar. Hoje cineasta, diretor e personagem principal do longa Meu nome é Daniel, o jovem de 34 anos que reside no Rio de Janeiro, traça o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição. Ganhou o prêmio “Documental Calificado Oscar” do Festival Internacional de Cine de Cartagena, realizado na Colômbia e está qualificado para disputar o Oscar da categoria Melhor Documentário em 2020.
Fonte: EM