Há não muito tempo, a presença feminina no universo profissional da mineração era coisa rara, a não ser em funções administrativas auxiliares e de limpeza. Nas atividades tipicamente de mineração havia umas poucas geólogas, uma que outra engenheira de minas e algumas técnicas de mineração. Nos cursos de formação (Geologia e Engenharia de Minas), havia uma massacrante predominância de homens. Isso vem de longa data. Tanto que a primeira mulher a cursar Engenharia de Minas, nos EUA, foi Emily Hahn, em 1926, uma pioneira.
Aqui no Brasil as mulheres estão ganhando terreno na mineração. Em alguns cursos de Geologia as alunas já são maioria e nos cursos de Engenharia de Minas a presença feminina se amplia, gradativamente. Nas operações de mineração, várias mulheres desempenham tarefas antes exclusivas de homens, como a operadora de um minerador contínuo gigante na mina S11D, em Carajás, e a operadora de jumbo (equipamento de perfuração, de grande porte) que trabalha a 1.300 metros de profundidade numa mina de ouro da AngloGold Ashanti. Elas também já estão ocupando postos de comando em várias mineradoras, sem falar das atividades de ensino nas universidades. O resultado disso é altamente positivo.
É por isso que neste mês de março, quando se comemora o Dia da Mulher (dia 8), publicamos mais uma edição especial de Brasil Mineral dedicada às mulheres (idealizada também por uma mulher, nossa colega Mara Fornari), com depoimentos de quem traz suavidade e doçura para um ambiente tão duro e às vezes amargo, como o da mineração.
Confira mais informações em http://www.brasilmineral.com.br/revista/mulheres/2019/
Fonte: Brasil Mineral