Por Jerri Alves* | Fonte: Diário do Comércio
Além de uma importante fonte de renda para milhares de brasileiros, a mineração é a grande responsável pelo equilíbrio dos índices de crescimento do País, sendo responsável por quase 5% do PIB nacional. Mas a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus levantou diversos questionamentos sobre o futuro do segmento.
A recuperação, no entanto, tem se mostrado cada vez mais possível. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o faturamento da mineração brasileira foi de R$ 39 bilhões no segundo trimestre deste ano – o que representa um crescimento de 9% em relação aos três primeiros meses de 2020. Esse aumento se deve ao bom desempenho das exportações, especialmente, por causa da retomada da demanda da China, além da valorização do dólar e a alta nos preços internacionais.
A maior parte do faturamento está concentrada na exportação de minério de ferro, ouro e cobre. A exploração de minério de ferro rendeu R$ 23 bilhões às mineradoras, o que representa 59% do total; seguida do ouro, com participação de 14%, ou R$ 5,4 bilhões; e do cobre, que foi responsável por 8% do total no período, com R$ 3 bilhões. Entre os estados brasileiros, Minas Gerais é o segundo na lista de maior faturamento. Ainda segundo o Ibram, o setor arrecadou R$ 14,7 bilhões de abril a junho – o que representa 37,66% do total brasileiro, ficando apenas atrás do Pará.
O bom desempenho se deve a manutenção da produtividade em meio à pandemia. A rápida adoção de medidas de contenção, logo no início da crise do novo coronavírus, foi essencial para esse vislumbre de recuperação. Entre elas, estão a implementação do home office, o escalonamento de horários e o aumento do nível de circulação de ar em ambientes corporativos. Em um momento como esse, é importante que a tomada de decisão seja assertiva e pontual, para que qualquer instituição seja capaz de se recuperar, sem grandes prejuízos.
*Jerri Alves é Superintendente do Grupo MBL
Fonte: Diário do Comércio