Segundo dados do Instituto de Brasileiro de Mineração (Ibram), o Brasil deve receber investimentos da ordem de US$ 38 bilhões entre os anos de 2021 a 2025. O estado da Bahia receberá 35% do investimento, Minas Gerais irá receber 28% do aporte, seguido do Pará com 23%; os respectivos investimentos nos estados serão de US$ 13 bilhões, US$ 11 bilhões e US$ 9 bilhões.
Investimentos na mineração brasileira
O aporte total no setor será dividido entre as 81 cidades da Bahia, Minas Gerais, Pará e o restante do Brasil, em 92 projetos diferentes, diz levantamento do Ibram. De todos os projetos de mineração que irão receber os investimentos, cerca de 23 serão para produção de alumina e bauxita; 11 de insumos de potássio e fosfato; 9 de zinco; 9 de cobre; 8 de ouro; 4 de níquel; 2 de minério de ferro e outros 25 de outros minerais.
O estado da Bahia irá dividir o aporte entre 28 municípios, Minas Gerais entre 11 cidades e o Pará entre 13 municípios. Já o restante, 29 cidades, irão receber investimentos de US$ 5 bilhões.
Aporte poderia ser maior nos estados da Bahia, Minas Gerais e Pará
Segundo Wilson Brumer, presidente do Conselho do Instituto de Brasileiro de Mineração, os investimentos na mineração brasileira poderiam ser ainda maiores, já que, segundo ele, o país ainda não sabe seu potencial mineral. Wilson ainda diz que é necessário conhecer mais profundamente a geologia do Brasil, informando que os investimentos nos projetos de mineração nos estados de maior produção (Bahia, Minas Gerais e Pará), poderiam ter sido maiores.
O Ibram divulgou que, com os inúmeros investidos em projetos de mineração no Brasil, o segmento pode se tornar um dos principais setores a contribuir de forma positiva nos indicadores socioeconômicos.
Mineração: produção, faturamento e geração de empregos
Segundo estimativa do Ibram, a produção mineral no primeiro trimestre de 2021 pode ter um crescimento de 15% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação à exportação da produção, o montante faturado neste primeiro trimestre foi de R$ 70 bilhões e o faturamento em grande parte veio dos seguintes produtos: minério de ferro – 70%, ouro – 11%, cobre – 5% e a bauxita – 2%.
Mais uma vez, no primeiro trimestre, a balança comercial da mineração teve papel decisivo no desempenho positivo da balança comercial brasileira, que ficou próxima a US$ 8 bilhões. Com isso, a contribuição do balanço mineral para o balanço do Brasil no primeiro trimestre foi de 135%. Em dólares, as exportações de minério aumentaram 102%.
No faturamento por estado, Minas Gerais teve uma maior variação no faturamento no 1º trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado, com R$ 28 bilhões, seguido pelo Pará, com R$ 31 bilhões e a Bahia com R$ 2 bilhões. Na geração de empregos, a mineração brasileira abriu cerca de 11.000 novos postos de trabalho de forma direta no 1º trimestre de 2021 que, em comparação com o mesmo período do ano anterior, obteve um aumento de 6%, segundo dados divulgados pelo governo federal.
Fonte: Click Petróleo e Gás