Impulsionado pela alta nos preços de produtos minerais, como o minério de ferro e o ouro no mercado internacional, o setor de mineração apresentou um faturamento de R$ 50,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que equivale a um crescimento de 29,3%, em comparação com o segundo trimestre. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a receita do segmento chegou a 125 bilhões no período de janeiro a setembro e deve crescer ainda mais.
Segundo o superintendente do Grupo MBL, Jerri Alves, a previsão é a de que o faturamento deste ano do setor, ultrapasse o montante registrado em 2019. “Isso se deve, principalmente, a exportação intensa para países asiáticos, como a China, que é um dos maiores consumidores de nossos produtos minerários no mundo. Neste ano, o minério de ferro permanece como o produto mineral mais importante do Brasil e a matéria-prima de maior relevância de nossa exportação. Ele é responsável por cerca de 63% dos rendimentos do setor neste terceiro trimestre, o que corresponde a uma quantia de 32 bilhões de reais. A soma da produção da commodity atingiu os R$ 31,8 bilhões, ou seja, uma elevação de 37%, se compararmos com o segundo trimestre”, explica.
O ouro é o segundo produto de maior destaque em 2020, contribuindo com 13% do faturamento do setor entre julho e setembro. Este mineral gerou 6,6 bilhões de reais, mostrando um crescimento de 22%, em confronto ao período compreendido entre os meses de abril e junho. Depois do ouro, vêm o cobre (6% – 3,2 bilhões de reais), o calcário dolomítico (3% – 1,4 bilhão de reais), a bauxita (2% – 1,1 bilhão de reais) e diversos outros. O cobre teve um aumento 6%, o calcário apresentou uma elevação de 54% e a bauxita expôs uma queda de 17% em seus faturamentos, todos foram comparados com os resultados obtidos no segundo trimestre deste ano.
Segundo Jerri, o Pará e Minas Gerais são responsáveis por 81% do faturamento apontado no terceiro trimestre. “Os outros principais estados produtores são Goiás, Bahia, Mato Grosso e São Paulo. A junção dos rendimentos de todos eles, corresponde a 92% da receita registrada em setembro”, destaca.
A perspectiva de investimentos das mineradoras até 2024 é de 37 bilhões de dólares. “Entre abril e junho, essas contribuições estavam estimadas em 34 bilhões. O nosso estado deve receber 12,5 bilhões. Já a Bahia, 10,5 bilhões de dólares”, conclui.