A empresa está nos estágios finais para fechar um contrato de longo prazo de energia renovável em Escondida, no Chile, que será provavelmente mais económico em comparação com o atual abastecimento a gás, disse Geoff Healy, diretor de assuntos externos da BHP, durante a apresentação aos investidores.
O anúncio, que ocorreu quando o grupo ativista Extinction Rebellion organizava manifestações em Londres, é outro sinal de que as grandes empresas estão a responder às exigências dos investidores de medidas mais eficazes contra as alterações climáticas.
“O nível de exigência, como podem ver, é mais alto para nós, como empresa de recursos, do que para outros setores”, disse Healy. “E é por isso que temos de nos mexer”.
A mudança também evidencia alguns dos dilemas enfrentados pelo setor de recursos naturais na sua viragem para processos mais “verdes”. Ainda que a BHP esteja a considerar sair do setor de carvão térmico e aumentar o foco na energia renovável, a empresa ainda produz petróleo e gás.
Em 2013, o Chile aprovou uma lei segundo a qual 20% da energia do país deverá ser fornecida por fontes renováveis até 2025, expandindo os projetos nesse segmento.
O Chile tem a geografia como aliada. Atacama é o deserto mais seco do mundo e recebe mais radiação solar do que quase qualquer outro ponto do planeta. Ventos fortes que sopram da costa do Pacífico e da Cordilheira dos Andes também são ideais para a geração de energia eólica.
A BHP também planeia suspender o uso de água doce em Escondida até 2030. No ano passado, a empresa abriu uma central de dessalinização de 3,4 mil milhões de dólares que bombeia água diretamente do mar para a mina.
Fonte: Jornal de Negócios – Portugal