A licitação da Ferrovia Oeste Leste (Fiol) no trecho entre Caetité e Ilhéus, onde se conecta com o Porto Sul, inicialmente prevista para setembro, está adiada para março do próximo ano.
Eduardo Ledsham, presidente da Bahia Mineração (Bamin), que em consórcio com os chineses está em vias de iniciar a construção do Porto Sul, em Ilhéus, esteve ontem na Comissão da Fiol na Assembleia, quando deu a notícia.
O adiamento terá sido porque o governo licitou a Ferrovia Norte Sul em março ao preço de R$ 1,353 bilhão, e a Rumo arrematou por R$ 2,719 bilhões. Ágio de mais de 100%? Fala Eduardo:
— Acho que não. Cada projeto é um projeto.
Novo vetor
O certo é que a Bamin, junto com os chineses, está de olho na Fiol, conforme a ressalva de Eduardo, ‘e outros’.
Seja como for, o fato objetivo é que o Porto Sul, um investimento de R$ 2,5 bilhões, mais a Fiol, agora com a anunciada conexão com a Norte-Sul, desponta no horizonte econômico da Bahia como um novo vetor de desenvolvimento para mudar de vez o Sul e o Sudeste.
— A gente não consegue vislumbrar o tamanho das oportunidades que virão.
Segundo ele, o Porto Sul terá capacidade para operar 70 milhões de toneladas por ano, o terceiro maior do país. A Bamin vai usar apenas 30%, ou 18 milhões de toneladas. O resto fica para os grãos do oeste, fertilizantes e afins.
Fonte: Bahia.BA