O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Agência Nacional de Águas (ANA) fizeram uma visita para acompanhar o andamento das ações que estão sendo implementadas pela mineradora Vale, em Brumadinho, na área atingida pelo rompimento da Barragem 1, da Mina Córrego do Feijão, em janeiro deste ano. O objetivo do trabalho foi verificar o status das medidas que estão sendo tomadas para conter os sedimentos e mitigar os impactos na qualidade da água do Ribeirão Ferro Carvão e do Rio Paraopeba, atingidos pelos rejeitos.
Durante a vistoria, os técnicos estiveram na área dos diques de pedras, das barreiras hidráulicas para redução da velocidade do fluxo fluvial e na Estação de Tratamento de Águas Fluviais. É nesta unidade que as águas do Ribeirão Ferro Carvão serão tratadas e devolvidas ao córrego Casa Branca, que por sua vez deságua no Rio Paraopeba.
Desde o dia seguinte ao rompimento da Barragem 1, o Igam realiza o monitoramento da qualidade das águas superficiais e de sedimentos no Rio Paraopeba, com o objetivo de avaliar as alterações na qualidade e o avanço do material, que estava depositado na barragem, ao longo do curso de água e os níveis de poluição.
Os parâmetros com valores mais elevados, como turbidez e ferro total, foram observados logo após o desastre nos primeiros 40 quilômetros do Rio Paraopeba, quando foram sentidos os efeitos imediatos da frente de rejeitos e dos materiais que foram sendo incorporados à ela. Verificou-se grandes oscilações para os parâmetros nas semanas subsequentes, sobretudo devido às ocorrências de chuvas, que contribuíram com a remobilização do material depositado no leito do rio, dentre outros impactos.
Destaca-se que não são registrados valores de zinco em desconformidade com as normas legais desde o dia posterior ao rompimento (26/1) e desde o dia 27/2 para os parâmetros cádmio e níquel total. Para os parâmetros de chumbo desde o dia 26/3 e de mercúrio desde o dia 2/3 não há valores em desconformidade.
Fonte: Jornal de Uberaba