quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Holanda propõe parceria com Brasil de olho em barragens

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    Europeus veem grande potencial em negócio

    Empresários e representantes do governo holandês lançaram no Brasil um programa de investimentos tecnológicos e de inovação direcionado às companhias que exercem atividades produtivas de mineração em Minas Gerais e em outros estados. Batizado de 2o grupo de intercâmbio de negócios quer aplicar soluções para contenção de barragens no País, para evitar possíveis impactos ambientais ou à sociedade.

    Atualmente o programa tem um cluster formado por gestores das multinacionais Antea Group, Arenal, InTech, Rohr-Idreco, Trisoplast e a Van Sonsbeek Hulst. A novidade é detalhada pela representante do escritório holandês Netherlands Business Support Office (NBSO), Luisa Gouvêa Rates.

    Segundo Luisa Rates, a parceria foi firmada há um ano, mas terá duração de três anos. “Trata-se de um programa de parceria público-privada do governo holandês em conjunto com um cluster de empresas holandesas. São vários projetos desenvolvidos por essa parceria que acontecem no mundo inteiro e com diferentes pautas”.

    Ela explica que para o Brasil foi analisado o forte potencial que o País possui para a pauta de mineração. “Antes de a parceria ser formada, tivemos algumas missões que antecederam essa iniciativa, tanto de ações técnicas, quanto de ações comerciais. A partir de então, foi formado este cluster de empresas privadas em que elas mesmas submeteram ao pedido do governo holandês para existir essa duração de três anos”.

    As características que envolvem o Partners for International Business compreendem ainda, segundo a executiva, tanto o apoio institucional quanto financeiro capitaneados por parte do governo holandês para que as empresas possam fechar negócios e cooperações em várias áreas do Brasil.

    Aporte

    O aporte financeiro é metade do valor por parte do cluster e metade por parte do governo da Holanda. “Dos investimentos aportados, cerca de € 150 mil são das empresas privadas, que também podem ser somadas em horas trabalhadas com a parceria. Já a outra metade, de € 150 mil, é bancada pelo governo holandês”.

    A cooperação holandesa para desenvolver processos na mineração por aqui também não é recente. Luisa Rates faz um retrospecto que, há cinco anos, representantes do Ministério Público de Minas Gerais e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad) e outras instituições foram à Holanda para uma visita técnica.

    “Por lá, conheceram empresas do segmento e o trabalho inovador e sustentável conduzido pelo Rijkswaterstaat. Dessa missão resultou o projeto de lei que indicaria um monitoramento mais rigoroso das barragens de rejeitos no Brasil”.

    Deste intercâmbio de soluções, o programa pretende oferecer benefícios assertivos. “Podemos trazer como mensagem que não somente as empresas aqui de Minas Gerais serão beneficiadas, mas também a sociedade e as empresas holandesas também”, conta Rates.

    Depois de leis instauradas para o descomissionamento e descaracterização das barragens, todas as mineradoras possuem um prazo muito curto para que possam cumprir mudanças previstas em lei. No entanto, a representante do escritório holandês enfatiza: “Por outro lado, temos empresas daqui de Minas Gerais e de outras regiões do Brasil que precisam de inovação, que às vezes as empresas holandesas possuem expertise, mas que ainda não foram testadas em barragens de rejeitos, pois na Holanda não existem barragens desta modalidade”.

    O chefe do escritório NBSO, Hans Blankenburgh, acrescenta que a Holanda, com o decorrer dos anos, teve que apostar numa evolução de processos para a edificação de diques. Essas construções ocorreram diante de sucessivas enchentes registradas no País. “Elas ocorriam devido às características territoriais do país, que tem um terço de suas áreas abaixo do nível do mar e metade com no máximo um metro acima deste nível”.

    Segundo Luisa Rates, somam em 17 mil quilômetros a extensão das barragens e diques pela Holanda. “Por conta do que aprendemos e criamos diante das enchentes, não sofremos mais com esse problema”.

    “Para os próximos passos, contaremos ainda com a participação de universidades da Holanda para a realização de estudos acadêmicos aqui em Minas como parte da evolução. Podemos aprender muito com a experiência brasileira em mineração e, em conjunto com a expertise holandesa em segurança de barragens, podemos unir esforços para trazer soluções seguras para uma mineração mais sustentável”, conclui.

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