quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Há matéria-prima suficiente para fazer baterias para tantos elétricos?

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    O grupo Volkswagen lançará 70 modelos 100% elétricos nos próximos 10 anos; a Daimler anunciou 10 modelos elétricos até 2022 e a Nissan sete; o grupo PSA terá também sete, até 2025; e até a Toyota, até agora focada nos híbridos, lançará meia dúzia de elétricos até 2025. Apenas uma amostra do que aí vem, o que nos leva a perguntar: haverá matérias-primas suficientes para produzir tantas baterias?

    É que ainda nem referimos a China, já atualmente a maior consumidora global de automóveis elétricos, e que está a fazer um “all-in” em veículos elétricos e eletrificados— são mais de 400 os construtores de veículos elétricos registados atualmente (uma bolha prestes a rebentar?).

    Alguns dos principais atores em tudo o que envolve a produção de baterias na Europa e América do Norte têm expressado crescentes níveis de ansiedade devido à “explosão” elétrica anunciada, o que poderá levar até ao esgotar de matérias-primas essenciais para as baterias dos veículos elétricos, dado não termos capacidade instalada para tão elevados níveis de procura — esta crescerá, mas poderá não ser suficiente para satisfazer todas as necessidades.

    Por enquanto, o fornecimento de lítio, cobalto e níquel — metais essenciais às baterias atuais — é suficiente para satisfazer a procura, mas nos próximos anos, com o crescimento explosivo esperado na produção de veículos elétricos, a realidade poderá ser bem diferente, de acordo com o relatório da Wood Mackenzie sobre a falta de matérias-primas para a produção de baterias.

    Devido à escala dos investimentos que estão a ser efetuados pelos construtores automóveis na eletrificação, estes estão a tomar as ações necessárias para garantir não só o fornecimento de baterias (celebrando múltiplos acordos com diversos produtores de baterias ou avançando até para a produção das baterias por conta própria), como também assegurar o fornecimento de matérias-primas para que não haja disrupção na produção.

    Os analistas dizem que os construtores vêem este lado do negócio com um fator elevado de risco. E não é difícil perceber porquê, pois mesmo já tendo em conta o aumento de capacidade prevista para algumas destas matérias-primas, como o sulfato de níquel, prevê-se que, mesmo assim, a procura suplante à oferta. Também a procura crescente por cobalto poderá causar problemas no seu fornecimento a partir de 2025.

    Curiosamente, apesar do crescimento na procura, os preços de algumas destas matérias-primas, como o mencionado cobalto, viram o seu preço descer drasticamente nos últimos meses, originando efeitos contraproducentes. O incentivo de investir em novos projetos de mineração por parte das empresas mineiras viu-se assim reduzido, que poderá ter consequências graves mais à frente, considerando as necessidades dos próximos anos.

    As baterias dos carros elétricos têm vindo a crescer, requerendo mais materiais. Para evitar que não haja falta de matérias-primas, ou a tecnologia terá de evoluir, recorrendo a menos quantidades destes materiais para as fazer, ou teremos de elevar rapidamente a capacidade instalada da mineração destes materiais.

    Fonte: Razão Automóvel

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