A instalação de um projeto pioneiro de mineração, com baixa emissão de carbono, na cidade de Marabá, no sudeste do Estado, foi o tema da reunião de diretores da empresa Leaf Iron com o governador do Pará, Helder Barbalho, nesta terça-feira (26), no Palácio de Governo, em Belém.
O projeto, chamado de Tecnored, contempla a implementação de um laboratório de desenvolvimento e processamento de biomassa, no distrito industrial de Marabá, que vai permitir a produção de 500 mil toneladas de ferro gusa, com baixa emissão de carbono. A ideia começou a ser estruturada ainda em 1987 e, com a tecnologia de verticalização da produção mineral já consolidada, pode resultar na primeira planta comercial a ser construída no Pará.
Também participaram do encontro o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Iran Lima; o secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Raul Protázio Romão; e o presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), José Fernando Gomes Júnior.
“Esse projeto é pioneiro no mundo. Depois que validar essa tecnologia, vamos mudar a forma de fazer aço no Brasil. Hoje, a gente fecha com chave de ouro a parceria com o governo do Estado para colocar esse projeto em pé. Vamos começar por Marabá e depois por onde tiver demanda”, anuncia Hermes Ferreira Filho, diretor de Tecnologia da Leaf Iron e diretor de projetos do Tecnored.
De acordo com Iran Lima, o projeto contempla a produção mineral aliada à preocupação com o meio ambiente.
“A baixa emissão de carbono é algo procurado não somente para a Amazônia, mas para o mundo. Essa iniciativa traz a possibilidade do estado do Pará entrar no mercado vendendo ferro gusa produzido com baixa emissão de carbono, trazendo um ganho muito grande no valor agregado, como também gerando emprego e renda para a região” – Iran Lima, titular da Sedeme.
A construção da planta está prevista para começar em maio 2020 e entrará em operação em abril de 2022. De acordo com Iran Lima, essa primeira instalação abre possibilidades para o surgimento de outras plantas no estado, pois o Pará é o maior produtor de minério de ferro do Brasil, com áreas suficientes também para fazer a geração de biomassa e, assim, diminuir a emissão de carbono na atmosfera. Além da verticalização do minério de ferro, o projeto também prevê a produção de ração animal e outros produtos gerado a partir do empreendimento, beneficiando também o agronegócio do Estado.
Fonte: Agência Pará