Estrutura que fica em Rio Acima, na Grande BH, é considerada pela Agência Nacional de Mineração como uma das mais perigosas do país
O Governo de Minas Gerais iniciou, nesta segunda-feira (13), o processo de descaracterização, ou seja, de desmonte das barragens 1 e 2, da empresa Mundo Mineração, em Rio Acima, na região metropolitana de Belo Horizonte. As estruturas são consideradas as mais perigosas do país pela ANM (Agência Nacional de Mineração) e estão abandonadas desde 2011, quando a empresa australiana encerrou as atividades e deixou o país.
Sem localizar os sócios da companhia, o Ministro Público entrou no caso e o Estado assumiu a responsabilidade das barragens. As obras vão ser executadas por uma empresa contratada, via licitação, pela Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais).
De acordo com o secretário adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Anderson Aguilar, o Estado já atuava no local, mas agora será iniciado o tratamento de água de uma das estruturas e a contenção dos rejeitos da outra. O processo vai “envelopar” as duas barragens, com uma espécie de lona e vai reflorestar a área.
A estrutura era usada na exploração de ouro e, por isso, contém metais pesados que podem contaminar o meio ambiente em caso de rompimento.
A descaracterização das barragens deve levar mais tranquilidade aos 10 mil moradores de Rio Acima e também para a população de Nova Lima, que estariam na rota da lama em caso de estouro da estrutura. As intervenções vão custar R$ 7,3 milhões.
A reportagem não localizou representantes da Mundo Mineração para comentar a situação.
Fonte: R7