O geólogo João Carlos Cavalcanti apresentou, na última quarta-feira (09), novos projetos à Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Cavalcanti afirma ter encontrado, ao longo da costa do dendê, reservas de bauxita, o minério base da indústria de alumínio, em quantidades com potencial para rebatizar a região como “costa do alumínio”.
Segundo Cavalcanti, o diferencial dos seus estudos foi adequar os teores de bauxita encontrados na costa baiana à realidade dos mercados internacionais. “A 20 anos se lavrava bauxita com teor mínimo de 50%. Mas a grande demanda exauriu essas reservas e hoje no mundo inteiro já se extrai a rocha com teor de 20 a 30%. Então nós revisitamos as pesquisas produzidas pela CBPM e CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – Serviço Geológico do Brasil) e encontramos três modelos promissores de lavra para a bauxita”, diz.
A região conhecida como Costa do Dendê compreende os municípios de Valença, Igrapiúna, Cairu, Camamu, Taperoá, Nilo Peçanha, Ituberá e Maraú, localizados no baixo sul do estado. São 115 quilômetros de costa, desde a Baía de Camamu (ao sul) até a foz do Rio Jaguaripe (ao norte). A posição geográfica vai facilitar também o escoamento do minério. Cortada pela BA 001, a região visada pelo geólogo tem acesso facilitado aos portos de Aratu e Ilhéus.
Dentre outros usos, o Alumínio é o segundo produto mais usado na indústria automobilística mundial. Em primeiro lugar está o minério de ferro e em terceiro o cobre. Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o consumo brasileiro de produtos de alumínio cresceu 7,5% no primeiro semestre de 2019, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O volume total comercializado chegou a 731,8 mil toneladas — 626,1 mil toneladas de origem nacional e 105,7 mil toneladas importadas.
Fonte: Assessoria de Imprensa