Quinta maior produtora brasileira de bens minerais, a Bahia sediará, em 14 de agosto, o I Fórum Internacional de Inovação e Sustentabilidade na Mineração. O evento acontecerá em Salvador, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), e marcará o lançamento do Hub de Mineração, iniciativa da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e a Secretaria de Ciências, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), alinhado com o novo Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste – PRDNE, da Sudene, que tem como pilares a sustentabilidade e a revolução científica e tecnológica.
“A mineração será sacudida nesse evento, que vai tratar de inovação e sustentabilidade. Vamos mostrar que a tecnologia empregada para diminuir o impacto ambiental, a reutilização do resíduo, possibilita uma economia circular “360 graus”, gerando mais empregos principalmente em regiões remotas”, afirma o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm. “Esta discussão é muito própria aqui na Bahia e no Brasil diante do que estamos vivendo há três anos, com o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho”, acrescenta.
Adelia Pinheiro, titular da Secti e parceira do evento, destaca: “Considerando as riquezas minerais da Bahia, um forte espirito empreendedor e inovador, e ainda a presença de empresas mineradoras, um ambiente estruturado para o diálogo desses atores é muito bem-vindo”.
Ao lado do IBRAM e Instituto de Geociências da Ufba (IGEO), a entidade é uma das idealizadoras do Hub de Mineração, voltado para startups que queiram desenvolver tecnologias que contribuam para a inovação e a sustentabilidade no setor, trazendo soluções para problemas como os resíduos. “Vamos possibilitar que jovens com ideias frescas desenvolvam novos processos. Sangue novo em área velha”, brinca Tramm, sobre a iniciativa.
“A Bahia, uma das maiores economias minerais do país, articulada com centros de inovação e sustentabilidade na mineração do mundo, está organizando o Hub de Mineração seguindo a Agenda 2030/ODS, da ONU, unindo o conhecimento local a ecossistemas multinacionais de startups, o que deverá impulsionar o setor. Nessa nova visão rejeitos (ativos desativados) podem virar insumos, mitigando impactos e gerando rendas novas”, reforça o diretor do WWI Brasil, Eduardo Athayde.
Para tratar do assunto está sendo convocado um time de peso, formado por nomes como Rinaldo Mancini, diretor de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM); Tasso Mendonça Junior, diretor da Agência Nacional de Mineração; Alexandre Vidigal, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME); Paulo Misk, presidente da Vanádio de Maracás S.A.; Cláudia Diniz, diretora executiva do Mining Hub de Minas Gerais; e Olivia Oliveira, diretora do IGEO da Ufba, além de especialistas canadenses e holandeses.
O Fórum será realizado pela CBPM, IBRAM, Secti, Instituto de Geociências da Ufba (IGEO), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e Agência Nacional de Mineração (ANM), com apoio do jornal Correio, Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Fieb, Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e Worldwatch Institute (WWI).
Fonte: CBPM