O Brasil é historicamente um grande produtor de ouro. Nos últimos cinco anos foram minerados 406 toneladas do metal, o que significa que o país produz, em média, 81,2 toneladas por ano.
Contudo, o setor deve ter um prejuízo de 30% neste ano, segundo estimativa Associação Brasileira dos Metais Preciosos (Abramp), devido aos efeito da pandemia de covid-19.
Desde o dia 21 de maio, toda extração de minério é considerada atividade não-essencial no país e, com isso, compras de ouro estão impedidas desde então.
Segundo a entidade, a medida impacta as regiões garimpeiras do Mato Grosso, considerando que a extração de minério e madeira agropecuária não são atividades essenciais, e que há risco de dano irreversível pela proliferação iminente de covid-19 às populações amazônicas.
Do outro lado, a entidade avalia que o novo coronavírus está sob controle em várias regiões de garimpo e defende que não há a necessidade de paralisação total do setor.
Na média, a extração de ouro no país movimenta R$ 14,2 bilhões por ano no Brasil, e grande parte é exportado para outros países.
Os principais compradores são a Alemanha, que comprou, em 2018, cerca de 20% do ouro minerado no país, seguido pelo Reino Unido e pela Suíça. Apesar dos números expressivos, o potencial de extração de ouro brasileiro ainda é desconhecido.
Apesar dos números de extração de ouro no país serem impressionantes, há ainda o mercado ilegal, tanto de extração como de comércio do metal precioso. A Abramp diz lutar para legalizar a situação dos garimpeiros.
Por Weruska Goeking
Fonte: Valor Investe